Vistos 'gold': Investimento cai 38% no 1.º semestre para 237,6 milhões
O investimento captado através dos vistos 'gold' caiu 38% no primeiro semestre, face a igual período de 2020, para 237,6 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos dados do SEF.
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Economia Vistos 'gold'
No primeiro semestre do ano passado, o investimento captado foi de 383 milhões de euros.
Em junho, o investimento resultante do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) somou 36,4 milhões de euros, menos 59,5% face a igual período de 2020 (89 milhões de euros).
Relativamente a maio (27,7 milhões de euros), o investimento subiu 29,9%.
Segundo os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no mês passado foram concedidos 67 ARI, dos quais 60 por via da aquisição da compra de bens imóveis (15 para reabilitação urbana), seis por transferência de capitais e um por criação de postos de trabalho.
A compra de bens imóveis somou em junho 34,3 milhões de euros, dos quais 5,2 milhões de euros para reabilitação urbana, enquanto a transferência de capitais foi responsável por 2,1 milhões de euros.
Por países, foram concedidos 20 vistos 'dourados' à China, oito à Rússia, sete aos Estados Unidos, quatro à África do Sul e três no Brasil.
Nos primeiros seis meses do ano foram atribuídos 445 vistos 'gold', dos quais 55 em janeiro, 100 em fevereiro, 73 em março, 98 em abril, 52 em maio e 67 em junho.
O programa de concessão de ARI, lançado em outubro de 2012, registou até junho último -- em termos acumulados -- um investimento 5.876.633.851,08 euros. Deste montante, a maior parte corresponde à compra de bens imóveis, que ao fim de mais de oito anos de programa soma 5.317.394.161,44 euros, sendo que a compra para reabilitação urbana totaliza 315.157.475,74 euros.
O investimento resultante da transferência de capitais é de 559.239.689,64 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 9.834 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020 e 445 em 2021.
Até junho foram atribuídos 9.230 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 874 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos totalizam 584 e sobe para 20 a ARI obtida por criação de postos de trabalho.
Por nacionalidades, a China lidera a atribuição de vistos (4.943), seguida do Brasil (1.024), Turquia (467), África do Sul (407) e Rússia (383).
Desde o início do programa foram atribuídas 16.698 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 648 este ano.
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