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Atividade da indústria transformadora da China volta a contrair

A atividade da indústria transformadora da China voltou a contrair, em novembro, devido ao impacto das medidas de prevenção contra a covid-19 vigentes no país, segundo dados publicados hoje pela revista de informação económica Caixin.

Atividade da indústria transformadora da China volta a contrair
Notícias ao Minuto

08:19 - 01/12/22 por Lusa

Economia Novembro

O índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês), tido como um importante indicador da evolução da segunda maior economia mundial, fixou-se nos 49,4 pontos, em novembro.

Quando se encontra acima dos 50 pontos, este indicador sugere uma expansão do setor, enquanto abaixo dessa barreira pressupõe uma contração da atividade.

Os dados de novembro superaram, ainda assim, a previsão dos analistas, que apontavam que o PMI não passaria dos 49 pontos.

O número publicado pela Caixin supera também a marca oficial, divulgada na quarta-feira pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) da China, de 48 pontos.

Wang Zhe, economista da Caixin, destacou que este é o quarto mês consecutivo de contração da atividade da indústria transformadora, embora tenha destacado que a contração é a menor registada desde agosto passado.

O especialista atribui a queda aos surtos de covid-19 e consequente aumento das medidas promovidas por Pequim, para conter a subida do número de casos, no âmbito da sua estratégia de tolerância zero à covid-19.

Wang observou que a procura externa também se contraiu pelo quarto mês consecutivo e o subíndice de emprego "afundou", atingindo o seu pior nível, desde fevereiro de 2020.

Os surtos de covid-19 dificultaram o retorno dos trabalhadores às fábricas e as empresas estão relutantes em contratar, devido à débil atividade económica, disse Wang.

A China sofreu surtos em novembro em várias partes do país, contra os quais aplicou medidas de bloqueio altamente restritivas.

O descontentamento com as medidas levou a protestos no fim de semana passado em várias cidades do país.

Apesar da recuperação da economia, no terceiro trimestre, em relação ao período entre março e junho, ainda há pressões como a "queda na procura", "expectativas pessimistas" e "interrupções na oferta", disse Wang, alertando que essas três pressões estão associadas à queda no emprego, criando um "ciclo negativo".

O especialista pediu medidas para "impulsionar a procura" e "aumentar o rendimento das camadas mais pobres da população".

Leia Também: Atividade da indústria transformadora da China contrai em outubro

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