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AICEP foi alvo de buscas na investigação sobre negócios do lítio

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), liderada por Filipe Santos Costa, foi hoje alvo de buscas no âmbito da investigação sobre negócios ligados ao lítio e hidrogénio, confirmou à Lusa fonte oficial.

AICEP foi alvo de buscas na investigação sobre negócios do lítio
Notícias ao Minuto

15:51 - 07/11/23 por Lusa

Economia AICEP

Contactada pela Lusa, a "AICEP confirma que esta terça-feira, 7 de novembro, estiveram nas instalações de Lisboa autoridades competentes, no âmbito de uma investigação que está a decorrer, tendo sido prestada toda a colaboração solicitada".

"Não foram constituídos arguidos", acrescentou fonte oficial da AICEP.

A investigação sobre os projetos de lítio e hidrogénio levaram hoje ao pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa, após o Ministério Público revelar que é alvo de investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre este assunto.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus e um consultor foram hoje detidos no âmbito da investigação relativa ao lítio e hidrogénio verde.

A informação foi confirmada oficialmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) numa nota divulgada ao final da manhã, na qual justifica as detenções.

A PGR considera que se verificam "os perigos de fuga, de continuação de atividade criminosa, de perturbação do inquérito e de perturbação da ordem e tranquilidade públicas".

Embora não sejam identificados todos os detidos, alguns meios de comunicação social já indicaram que o consultor é Diogo Lacerda Machado, advogado e empresário próximo do primeiro-ministro, enquanto os administradores da sociedade Start Campus de Sines serão Afonso Salema e Rui Oliveira Neves.

Foram realizadas sob a direção do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) 17 buscas domiciliárias, cinco buscas em escritório e domicílio de advogado e 20 buscas não domiciliárias, nomeadamente, em espaços utilizados pelo chefe do gabinete do primeiro-ministro; no Ministério do Ambiente e da Ação Climática; no Ministério das Infraestruturas e na Secretaria de Estado da Energia e Clima; na Câmara Municipal de Sines e na sede de outras entidades públicas e de empresas.

Leia Também: Bolsa de Lisboa cai quase 3% após demissão do primeiro-ministro

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