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Corredor Central pode ser alternativa no comércio entre China e Europa

O Corredor Central que atravesa a Ásia Central e Cáucaso pode ser uma alternativa comercial entre a China e a Europa, evitando a Rússia e triplicando o volume das mercadorias até 2030, segundo um estudo do Banco Mundial.

Corredor Central pode ser alternativa no comércio entre China e Europa
Notícias ao Minuto

05:01 - 27/11/23 por Lusa

Economia Comércio

Esta rota, acrescenta a instituição no relatório hoje divulgado, pode "proteger os países e as cadeias de abastecimento dos choques geopolíticos", como a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções económicas a Moscovo adotadas no âmbito da guerra.

O Banco Mundial destaca ainda que, "com os investimentos e as políticas corretas, o Corredor Central poderá triplicar os volumes de comércio e reduzir para metade o tempo de viagem ao longo do percurso até 2030". Isto beneficiaria as economias locais e regionais e as comunidades em geral, criando oportunidades de emprego, estimulando a procura de indústrias de apoio e atraindo empresas.

O relatório do Banco Mundial refere também, com as opções políticas corretas, "o Corredor Central - que liga os mercados chinês e europeu através da Ásia Central e do Cáucaso - pode revigorar o comércio regional e aumentar a conectividade dos países ao longo da rota".

Com o uso desta rota, "o comércio total do Azerbaijão, da Geórgia e do Cazaquistão aumenta 37%, principalmente devido às exportações do Cazaquistão, enquanto o comércio entre estes três países e a UE aumenta 28%".

O conflito com a Ucrânia, iniciado pela invasão russa em 22 de fevereiro de 2022, levantou o interesse pelo Corredor Central, com os países envolvidos a desenvolverem esforços para agilizar o tráfego comercial, tendo, segundo o relatório, de resolver questões como a falta de gestão e coordenação das várias vias, aumentar a eficiência operacional nos portos envolvidos, melhorar as ligações das linhas ferroviárias aos portos e agilizar os procedimentos nas fronteiras.

O Corredor Central liga a China e o Cazaquistão por via ferroviária (menos poluente que a rodoviária), atravessando este país, também por comboio, até o porto de Aktau, de onde segue, por transporte marítimo para o outro lado do Mar Cáspio para o Azerbaijão, voltando a travessia a ser feita por via ferroviária até a Geórgia, de onde segue para a Europa via Turquia (comboio) ou Mar Negro (navio).

Devido aos atravessamentos de fronteiras e transferências entre comboios e navios, esta rota tem sido preterida face à do Norte (via Rússia).

O tráfego de contentores no Corredor Central aumentou 33% em 2022, face a 2021, mas as limitações da rota ficaram evidentes, tendo o tráfego recuado 37% entre janeiro e agosto de 2023, face aos primeiros oito meses de 2022.

Leia Também: UE espera que China isente de visto cidadãos de mais países europeus

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