Medicamentos "abaixo dos 15 euros" devem voltar a encarecer em 2024
Aumento dos preços dos medicamentos mais baratos serve para evitar ruturas.
© Shutterstock
Economia Medicamentos
Os medicamentos mais baratos, cujo preço fica abaixo dos 15 euros, deverão voltar a ficar mais caros em 2024, à semelhança do que aconteceu este ano. A previsão é da Associação Nacional das Farmácias (ANF), que explica que este acréscimo serve para evitar ruturas.
"Ainda não temos toda a informação, mas se for semelhante ao ano de 2023 aquilo que se prevê é que sejam os medicamentos abaixo dos 15 euros", Ema Paulino, presidente da direção da ANF, em declarações à RTP3.
Ema Paulino explica que, "quando temos medicamentos com preço muito baixo, eles podem deixar de ser viáveis economicamente para a indústria os colocar no mercado e as alternativas que acabam por ficar no mercado são mais caras e muitas vezes não são diretas, é necessária uma reavaliação médica para que seja feita uma nova prescrição".
No início do ano, recorde-se, o Governo avançou com um "aumento controlado" do preço dos medicamentos mais baratos, de modo a evitar ruturas no mercado, conforme anunciou, na altura, o Ministério da Saúde. A par desta medida, foi também criada uma lista de medicamentos essenciais críticos e definido o conceito de medicamento de custo excessivo.
Deste modo, os medicamentos com preço de venda ao público (PVP) até 10 euros viram o seu preço atualizado em 5% e aqueles com preços entre 10 e 15 euros foram atualizados em 2%.
Já os medicamentos que custavam acima de 15 euros viram o seu preço revisto por comparação com a média dos quatro países de referência (Espanha, França, Itália e Eslovénia). "Neste caso, e sempre que o preço esteja acima da média, ocorrerá a sua redução até ao máximo de 5%", explicou o Governo.
Leia Também: Farmácias advertem para medidas de promoção à importação de medicamentos
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com