Estado gasta mais em apoios sociais para idosos do que para crianças
De acordo com a Carta Social, a despesa pública destinada a apoios sociais situou-se nos 1.779 milhões de euros em 2022, sendo que 44,2% dirigia-se a pessoas idosas e 37,6% a crianças e jovens.
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Economia Segurança Social
Desde 2012 que o Estado gasta mais em apoios sociais para idosos do que para crianças e jovens. As conclusões são do relatório de 2022 da Carta Social, divulgado pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, este mês de junho.
"A despesa com respostas para a população idosa ultrapassa desde 2012 a despesa com respostas para as crianças e jovens, sendo que, em 2022, esta diferença se situava em 116,9 milhões de euros", indicou o documento.
De acordo com a Carta Social, a despesa pública destinada a apoios sociais situou-se nos 1.779 milhões de euros em 2022, sendo que 44,2% dirigia-se a pessoas idosas e 37,6% a crianças e jovens.
O relatório salientou ainda que, entre 2000 e 2022, "a despesa pública com acordos de cooperação apresentou um crescimento de 207,2%, traduzindo a atualização anual dos valores da comparticipação pública por utente e o aumento do número de utentes abrangidos pelos acordos de cooperação".
Por seu turno, a despesa com apoios para pessoas com deficiência ou incapacidade atingiu os 14% em 2022, tendo apresentado o crescimento mais acentuado entre 2000 e 2022, com 282,4%.
Na mesma linha, também a despesa em respostas dirigidas à família e comunidade tiveram um crescimento marcante, tendo alcançado os 384,4%.
O documento recordou ainda que "o funcionamento das respostas sociais que compõem a Rede de Serviços e Equipamentos Sociais é suportado pelos acordos de cooperação, celebrados entre o Estado e as entidades que integram a rede solidária", tanto pela "comparticipação do utente e/ou dos familiares", como pelas "receitas próprias das instituições".
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