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Lucros da EDP crescem 75% para 762 milhões no primeiro semestre

A EDP registou, no primeiro semestre deste ano, resultados líquidos atribuíveis aos acionistas de 762 milhões de euros, um crescimento homólogo de 75%, adiantou a empresa, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Lucros da EDP crescem 75% para 762 milhões no primeiro semestre
Notícias ao Minuto

17:33 - 30/07/24 por Lusa

Economia EDP

Os lucros, que em termos recorrentes aumentaram 50%, para 775 milhões de euros, foram suportados "pelo bom resultado dos ganhos com rotação de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil e ativos de produção de energia eólica e solar em Itália, EUA e Canadá", indicou.

 

Segundo a EDP, "excluindo ganhos de rotação de ativos, o resultado líquido recorrente aumentou 15% para 591 milhões de euros".

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente do grupo aumentou 8% para 2.670 milhões de euros "beneficiando de ganhos com rotação de ativos de 243 milhões de euros" no semestre.

No seguimento deste desempenho no primeiro semestre, "a EDP espera atingir em 2024 um EBITDA recorrente de cerca de 5 mil milhões de euros" e "um resultado líquido recorrente de aproximadamente 1,3 mil milhões de euros, em linha com os objetivos financeiros apresentados em maio", antecipou o grupo.

O grupo destacou que "o aumento de 20% da produção de energias renováveis, sobretudo energia hidrelétrica em Portugal (+69%) e eólica e solar nos EUA (+13%) compensou a queda de preços grossistas de eletricidade na Europa e a forte redução da produção de eletricidade com base em combustíveis fosseis", sendo que as energias renováveis representaram 98% da produção total de eletricidade no primeiro semestre de 2024.

"Adicionalmente, registou-se um aumento do contributo do negócio de redes de eletricidade regulada, impulsionado pela aquisição dos minoritários da EDP Brasil concluída em agosto de 2023, mitigando o impacto da desconsolidação dos ativos térmicos", disse a empresa.

A EDP explicou que, na primeira metade do ano, "a atividade integrada de produção e comercialização beneficiou do aumento da produção hídrica na Ibéria e redução do custo de abastecimento de energia", compensando "a redução do contributo da atividade de produção térmica na Ibéria e no Brasil, no seguimento de venda de participações nas centrais de Pecém e Aboño e redução da atividade das centrais de gás na Ibéria".

Segundo a EDP, "a produção eólica e solar aumentou 5% e o preço médio de venda manteve-se estável, beneficiando de subida de preços nos EUA e com a queda de preços na Europa parcialmente compensado por estratégias de cobertura".

Paralelamente, nas redes de eletricidade, "a distribuição no Brasil foi positivamente impactada pelo aumento de consumo de 9%, enquanto na distribuição em Portugal a subida de proveitos regulados reflete a indexação à inflação".

A EDP lembrou que, no segundo trimestre, "venceu o leilão para a construção e operação de 3 lotes de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil, com uma extensão total de 1.388 km".

O grupo disse ainda que os custos operacionais apresentaram "uma ligeira redução em termos absolutos face ao período homólogo, para os 966 milhões de euros" no semestre.

Já custos financeiros líquidos aumentaram 11% em relação ao período homólogo para 461 milhões de euros, "refletindo o aumento da dívida média".

A EDP indicou que em junho de 2024 a dívida líquida totalizava 17,4 mil milhões de euros, "refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e redes de eletricidade, o pagamento de dividendos no segundo trimestre", e o aumento de 400 milhões de euros do ativo regulatório em Portugal nos primeiros seis meses do ano.

 

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