Lucro dos CTT cai 22% até setembro para 27,8 milhões de euros
O resultado líquido dos CTT caiu 21,9% entre janeiro e setembro, face a igual período de 2023, para 27,8 milhões de euros, ou seja, menos 7,8 milhões de euros homólogos, divulgaram esta terça-feira os Correios de Portugal.
© Lusa
Economia CTT
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os CTT adiantam que nos primeiros nove meses do ano os rendimentos operacionais ascenderam a 792,3 milhões de euros, uma subida homóloga de 10,7%.
"Esta evolução reflete um desempenho recorde de Expresso e Encomendas e crescimento sustentado no Banco CTT", refere a empresa liderada por João Bento.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) foi de 110,6 milhões de euros, uma queda de 4,3%.
De acordo com a empresa, os rendimentos operacionais foram "impulsionados pela logística (+111,8 milhões de euros; +19,7% homólogos), mais especificamente por Expresso e Encomendas (+101,0 milhões de euros; +44,0% homólogos)".
O "negócio de Espanha e Portugal tem sido uniformizado numa só oferta ibérica, nomeadamente através de homogeneização do portefólio de produto, abordagem comercial, segmentação de clientes e metodologia de preços", referem os CTT, que acrescentam que foi fortalecida "também a articulação comercial" entre os dois mercados "na gestão de grandes contas internacionais".
Aliás, "esta uniformização é crucial, dado que grande parte dos clientes atua em toda a Península Ibérica e tem, por isso, preferência por um serviço integrado que abranja toda a região".
A expansão do segmento Expresso e Encomendas "é fruto da crescente adoção do 'e-commerce' e do ganho de quota de mercado, o qual reflete os investimentos feitos na expansão e capacidade da rede, na extensão e diferenciação do portefólio dos serviços oferecidos e na qualidade de entrega".
Os CTT sublinham que, a "nível do segmento de clientes estratégicos ('e-sellers' internacionais, com volume de envios superior a 20.000 objetos por dia), continua a verificar-se um forte crescimento, fruto da incorporação de novos clientes, reflexo da proatividade comercial, da abrangência e qualidade dos serviços oferecidos, e do aumento dos volumes médios", com os Correios "a intensificar a sua relação com estes clientes".
O banco e serviços financeiro (-34,9 milhões de euros; -23,5%) "registaram uma variação negativa, dado o nível extraordinariamente elevado de colocação de dívida pública no primeiro semestre de 2023, compensados em parte pelo desempenho do Banco CTT (+2,3 milhões de euros; +2,5%)".
No período em análise, os gastos operacionais (relativos a EBITDA) totalizaram 681,7 milhões de euros (+81,9 MEuro; +13,6% t.v.h.), "sendo o crescimento essencialmente explicado pelo aumento da atividade de logística, em especial o Expresso e Encomendas".
Já os gastos com pessoal subiram 16,1 milhões de euros (+5,7%) no período, "essencialmente pelo reflexo do aumento salarial e do salário mínimo nacional (+10,2 milhões de euros), que reflete um esforço adicional da empresa em virtude da situação económica que se vive".
Os CTT adiantam que "a evolução desta rubrica reflete também o crescimento da atividade de expresso e encomendas e de 'contact center' e gestão documental na área de soluções empresariais".
Em 30 de setembro, o número de trabalhadores dos CTT (efetivos do quadro e contratados a termo) era de 13.815, mais 357 (+2,7% homólogos).
[Notícia atualizada às 18h16]
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