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Japão regista défice comercial pelo quarto mês consecutivo

O Japão acumulou um défice comercial em outubro, pelo quarto mês consecutivo, apesar da recuperação das exportações ter acelerado, foi hoje anunciado.

Japão regista défice comercial pelo quarto mês consecutivo
Notícias ao Minuto

06:52 - 20/11/24 por Lusa

Economia Japão

O défice comercial totalizou 461 mil milhões de ienes (2,8 mil milhões de euros) no mês passado, informou o Ministério das Finanças japonês.

 

As exportações cresceram 3,1% em outubro em termos homólogos, uma subida maior do que nos últimos meses, graças ao aumento das vendas de equipamentos para a produção de semicondutores, essenciais para computadores e outros equipamentos digitais.

Por região, as exportações aumentaram para o resto da Ásia, incluindo Singapura e Hong Kong, mas caíram ligeiramente para os Estados Unidos.

As importações aumentaram 0,4% em termos homólogos, mas foram, ainda assim, superiores às exportações.

Isto numa altura em que a desvalorização da moeda nipónica e a subida dos preços da energia mantiveram os custos de importação elevados.

Por outro lado, o comércio mundial vive momentos de incerteza devido à reeleição como presidente dos EUA de Donald Trump, que é a favor de aumentos acentuados das tarifas alfandegárias.

As exportações são o principal motor de crescimento do Japão, embora muitos fabricantes tenham em décadas recentes transferido parte da produção e do investimento para o estrangeiro.

O novo primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, tem estado ocupado a reunir-se com líderes das nações asiáticas, bem como da Europa e da América do Sul, para estabelecer relações económicas e comerciais, bem como laços de segurança.

Ishiba, que ainda não se encontrou com Trump, esteve recentemente no Brasil para a cimeira do grupo G20, os 20 países mais desenvolvidos do mundo.

O bloco dos países mais industrializados do mundo é composto por Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, União Europeia e União Africana.

O enfraquecimento da moeda, que tende a acompanhar o crescimento lento, é outra preocupação para o Japão. Os mercados têm negociado o dólar norte-americano a cerca de 155 ienes, quando há um ano o nível estava em cerca de 140 ienes.

A inflação e o aumento dos preços da energia estão a aumentar os custos das importações, enquanto o abrandamento da procura mundial tem prejudicado as exportações.

Analistas acreditam que a recente queda da procura externa se deve, em parte, a perturbações temporárias, como os recentes tufões no sudeste asiático, enquanto a descida das exportações poderá estar ligada a interrupções na produção automóvel no Japão.

Leia Também: Estónia e Japão prometem novas ajudas a Kyiv

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