Incêndios: Seguradoras pagaram 2,7 milhões em indemnizações
As seguradoras pagaram 2,7 milhões de euros de indemnizações, na sequência dos incêndios de junho na região centro, num total de aproximadamente 21,7 milhões de euros, foi hoje anunciado.
© Lusa
Economia Sinistros
Na atualização de danos nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, a Associação Portuguesa de Seguradores (APS) informou haver 432 sinistros cobertos por seguros, "a que corresponde um valor agregado de danos (pagos ou provisionados) da ordem dos 21,7 milhões de euros".
"Destes, 2,7 milhões de euros já foram efetivamente pagos, merecendo realce o facto de cerca de metade dos danos nas 300 habitações com seguro já terem sido indemnizados -- foram pagos 1,7 milhões de euros, num total estimado de 3,4 milhões", lê-se no comunicado da APS.
Segundo a associação, mais de 80% dos capitais dos seguros de vida também já foram pagos.
As seguradoras receberam 36 participações sobre danos em veículos, tendo sido pagos 116 mil euros, num total estimado de 307 mil euros.
"A grande maioria das indemnizações provisionadas e ainda não pagas diz respeito a seguros de multirriscos comércio e indústria", com 29 processos de sinistro abertos, com 14,7 milhões de euros de danos apurados.
A APS explicou que o pagamento das indemnizações depende, consoante os casos, do cumprimento de formalidades legais e judiciais, da apresentação de orçamentos e recolha de mais informação, bem como da conclusão dos processos de habilitação de herdeiros ou identificação dos beneficiários.
A 13 julho, a APS tinha informado que as seguradoras iriam pagar indemnizações no valor de 18,8 milhões de euros, depois de um "primeiro apuramento de danos" nas zonas afetadas pelos incêndios de junho, na zona Centro, mas que esse valor poderia aumentar.
Na altura, tinham sido participados 423 sinistros cobertos por apólices de seguros, o que se traduz num "valor agregado de danos (pagos ou provisionados) da ordem dos 18,8 milhões de euros".
Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.
Estes fogos terão afetado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afetadas, assim como os empregos de 372 pessoas.
Os prejuízos diretos dos incêndios ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta.
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