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Hospital das Caldas nega ter recusado admissão de grávida com feto morto

A mulher de 31 anos só terá sido atendida depois de os bombeiros insistirem que levá-la para Coimbra, numa viagem que demoraria mais de uma hora, seria impossível. Hospital tem uma versão diferente.

Hospital das Caldas nega ter recusado admissão de grávida com feto morto

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste negou, esta segunda-feira, que "em momento algum" tenha sido recusada a admissão no Hospital das Caldas da Rainha de uma mulher que tinha abortado em casa e que chegou àquela unidade hospitalar com o feto dentro de um saco.

 

Num esclarecimento enviado ao Notícias ao Minuto, o Conselho de Administração da ULS do Oeste refere que esta segunda-feira a utente se dirigiu ao Hospital de Caldas da Rainha "pelos seus próprios meios" e nega a versão dos factos até agora conhecida.

"Ao chegar teve conhecimento através do cartaz afixado na porta da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia que esta não estava a funcionar. Presume-se que a Utente tenha ligado para a Linha SNS 24 ou para o 112, e que tenha aguardado na viatura respetiva pelas indicações telefónicas. Posteriormente, foram acionados os Bombeiros para ir ao encontro da Utente", refere.

O Conselho de Administração diz ter "registo que a utente apenas entrou no Hospital às 08h04 de hoje, tendo sido de imediato admitida". "Em momento algum foi recusada a sua admissão, nem temos registo de várias insistências para admissão", defende. 

"Em suma, a utente foi prontamente admitida quando houve conhecimento de que estava a aguardar, a situação mereceu o atendimento necessário e ficou em vigilância", indica o mesmo esclarecimento, que adianta que "a maternidade do Hospital de Caldas da Rainha, no dia de ontem, apesar de não estar a funcionar, atendeu 4 utentes e realizou 2 partos". 

É de realçar que as primeiras informações dão conta de que a mulher de 31 anos, que estava grávida de três meses, só foi atendida depois de os bombeiros insistirem que levá-la para Coimbra, numa viagem que demoraria mais de uma hora, seria impossível. 

A notícia foi avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Notícias ao Minuto junto do comandante dos bombeiros das Caldas da Rainha. O responsável revelou que a mulher chegou ao hospital pelos próprios meios, onde lhe disseram que não a podiam admitir. 

À porta do hospital, a perder sangue e com o feto num saco, a mulher teve de ligar para o 112, que acionou os bombeiros. "À chegada deparámo-nos com a mulher suada, a chorar, com muitas dores e uma forte hemorragia", revelou o comandante. 

O pedido de ajuda foi feito ao CODU que encaminhou a mulher para Coimbra, Segundo o comandante, só perante a insistência dos bombeiros, em como a mulher não estava "em condições" de fazer a viagem de mais de uma hora (cerca de 130 quilómetros), é que esta foi aceite no hospital das Caldas da Rainha. 

"Veio o segurança cá fora informar-nos de que ela podia entrar", disse.

[Notícia atualizada às 17h08]

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