Comentários? "As pessoas não me conhecem, não pagam as minhas contas"
A Call Me Gorgeous tem um ano mas já é um verdadeiro sucesso. Foi sobre isto (e muito mais) que falámos em exclusivo com Luís Borges, o criador da marca que também é modelo e apresentador.
© Rui Valido e Afonso D. Batista
Fama Luís Borges
Aos 34 anos, Luís Borges continua a ser 'a alma' de todas as festas. Assim é em todos os eventos onde se cruza com os jornalistas e não foi diferente durante o lançamento da RISE, a nova máquina da Delta, que aconteceu em Lisboa, no passado dia 4 de outubro.
Num ambiente intimista, Luís conversou em exclusivo com o Fama ao Minuto. Falou-se, entre outras coisas, dos três filhos, de quem Luís cuida sozinho - ainda que com ajudas - depois da morte do ex-companheiro Eduardo Beauté, e da marca de acessórios Call Me Gorgeous, que criou em 2021.
Os teus filhos já estão muito crescidos! Como é que eles estão?
Os meus filhos estão muito bem, ótimos. A Lu está uma mulher.... Estão felizes, acima de tudo.
Sentes-te orgulhoso quando olhas para eles?
Sim, claro! Há aquela fase em que eles estão mais reguilas, faz parte da idade, mas agora não. A Lu já tem 10 anos, o Edu tem sete e o Bernardo tem aquela personalidade que não irá mudar. A Lu ajuda em casa, vai sozinha para a escola e deixa-me muito orgulhoso a forma como ela se tornou responsável. Ela sabe que precisa disso para que as coisas corram bem na vida dela.
E a Lu ajuda a cuidar dos irmãos mais novos?
Ela sempre foi muito protetora, principalmente quando andava na mesma escola do Bernardo. Continua a ser a melhor amiga dele.
Que ajudas tens para conseguir cuidar dos meninos sem descurar a vida profissional?
Eu tenho uma empregada, a Manu, que tenho desde o início. É a minha ajuda fundamental. Tenho ainda a Alice, que quando vou viajar dá uma 'perninha' lá em casa.
Adorava que viesse um 'Portugal Next Top Model', mas não aparece [risos]
Neste momento não tens nenhum projeto em televisão. A área da apresentação continua a interessar-te?
Eu gosto, mas acho que tem de ser algo que tenha a ver comigo, um programa sobre moda, que acho que faz falta em Portugal. Alguma coisa bem feita. Adorava que viesse um 'Portugal Next Top Model', mas não aparece [risos]. Continuo a ser modelo e fiz agora uma campanha em Paris, que vai sair para o ano. Tenho também a minha marca, que me dá muito trabalho, mas que me deixa muito feliz.
Marca essa que está a crescer a 'olhos vistos'...
Sim, apresentámos a marca na ModaLisboa, um grande 'step up' para o projeto. A verdade é que uma marca tem de vender e eu tenho noção disso.
Tu conseguiste que a marca já seja vista de forma independente, sem precisar obrigatoriamente do teu nome para vender. Como te sentes em relação a essa conquista?
Eu continuo a gostar que as pessoas saibam que a marca é minha. A Carina Caldeira, minha amiga, disse-me que, em muito pouco tempo, consegui criar um acessório que as mulheres desejam. O 'B' é a identidade da marca, com os cristais Swarovski, e a verdade é que uma loucura, todas as mulheres querem, e quando criei a marca nunca o imaginei. Pensei 'o meu nome é Borges, vamos fazer um 'B'', mas foi uma coisa que pegou.
Os acessórios são coisas em que as mulheres gostam de gastar dinheiro, como os sapatos e as carteiras. Acho que os meus acessórios têm um preço acessível, sei que há pessoas que ganham o ordenado mínimo mas que conseguem comprar estes brincos e eu fico muito feliz por isso. Também fico muito feliz quando vou na rua e vejo alguém com os meus brincos.
Não baixo os braços e não estou em casa à espera que caiam vendas
Quando isso acontece, as pessoas abordam-te?
Sim, vêm mostrar-me os brincos. Acho que isso é muito importante. A marca tem um ano e eu acho que aquilo que conquistei até agora - e o que ainda vou conquistar mais - faz com que eu esteja de parabéns. Eu trabalho para isso. Não baixo os braços e não estou em casa à espera que caiam vendas. A marca é só minha, é o meu bebé, e eu tenho de trabalhar para ela.
Pensas em alargar a marca, fazendo acessórios com outras letras?
Não. As pessoas mandavam-me imensas mensagens a dizer 'eu quero um 'L'' e 'eu quero um 'M''. Mas não, isto é a identidade da marca. É um 'B' de Borges e não faz sentido estar a criar peças com outras letras porque há marcas que já o fazem.
A verdade é que eu queria mudar um pouco a marca, no sentido de não ser apenas o 'B', mas as pessoas adoram assim. Portanto, não vão existir outras letras, só se for um 'L', de Luís [gargalhadas].
Esta fase da vida deixa-te feliz e realizado?
Sinto-me feliz. Realizado não me sinto a 100%, acho que queremos sempre mais e melhor, mas graças a Deus estou numa fase muito boa a nível pessoal e profissional. A nível pessoal pelo facto de os meus filhos estarem muito felizes, a nível profissional porque continuo a trabalhar no mundo da moda há já 15 anos. Não posso pedir mais, mas o que vier a mais, vem de bom grado.
Pareces sentir ainda mais confiança em ti, concordas?
Sim... Quando comecei neste mundo era muito miúdo e ligava muito aos comentários das outras pessoas. Hoje em dia não estou 'nem aí'. As pessoas não me conhecem, não pagam as minhas contas, não conhecem a minha vida... Os meus amigos verdadeiros sabem quem eu sou e isso é o mais importante. As pessoas, quando escrevem coisas parvas atrás de um computador, fazem-no porque têm uma vida muito triste, então não ligo.
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