Presidente argentino vai "reposicionar Mercosul de frente para o mundo"
O Presidente argentino, Mauricio Macri, disse hoje durante a cimeira do Mercosul em Montevideu, na qual o Uruguai passou a presidência rotativa do bloco sul-americano ao seu país, que tentará "reposicionar" a região a nível global.
© Reuters
Mundo Mauricio Macri
"Esta é uma oportunidade para nos reposicionarmos como bloco de frente para o mundo, sem medo de reconhecer que há coisas em que temos que avançar", disse o chefe de Estado argentino na abertura da cimeira.
Macri explicou que é a segunda vez que assume este cargo, que a Argentina tem um "compromisso absoluto" com o bloco e em que, durante os próximos seis meses, apostará numa agenda carregada de atualidade, futuro e capacitação feminina.
Em relação à política internacional do Mercosul -- de que fazem parte Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai -, o Presidente argentino disse que este ano se avançou "como nunca" num acordo de livre comércio com a União Europeia (UE).
"Estamos mais próximos do que alguma vez estivemos", assegurou Macri.
Contudo, o responsável sublinhou que há "mais acordos" e muito trabalho "pela frente" e salientou a importância de estabelecer uma ligação com a Aliança do Pacífico -- formada por Chile, Colômbia, México e Peru -- para ter "costas em dois oceanos".
No seu discurso de abertura da cimeira, Macri destacou também que a América do Sul atravessa "uma crise humanitária que requer esforços imediatos".
"Não só para salvaguardar os direitos de milhões de venezuelanos que fogem à fome e à violência e à falta de oportunidades, mas também à dura repressão do seu próprio Governo", sustentou o chefe de Estado argentino, referindo-se às políticas de Nicolás Maduro.
Neste sentido, defendeu que o Mercosul deve "trabalhar incansavelmente e de forma coordenada para a libertação dos presos políticos, o respeito dos direitos humanos e a restauração da democracia na Venezuela".
Apesar de ser Estado signatário do Mercosul, a Venezuela encontra-se suspensa de todos os direitos e obrigações inerentes à sua condição de membro, em conformidade com o disposto no Protocolo de Ushuaia sobre o compromisso democrático no bloco.
Também assistiram à cimeira o Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez -- que passou o testemunho ao homólogo argentino -, o Presidente do Brasil, Michel Temer, o do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o da Bolívia, Estado associado que se encontra em processo de adesão, Evo Morales.
Marcaram igualmente presença na cimeira os ministros dos Negócios Estrangeiros dos restantes Estados associados do bloco: Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
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