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Demência vê-se no rosto. Há um traço que sugere quem pode estar em risco

Um estudo associa o envelhecimento da pele à demência, concluindo que os indivíduos com rugas acentuadas têm mais hipóteses de sofrer de doenças neurológicas incapacitantes.

Demência vê-se no rosto. Há um traço que sugere quem pode estar em risco
Notícias ao Minuto

27/11/24 08:07 ‧ Há 2 Horas por Notícias ao Minuto

Lifestyle Doenças neurológicas incapacitantes

Um estudo publicado recentemente na revista Alzheimer’s Research and Therapy lançou uma nova perspetiva sobre a demência. Os investigadores, da Universidade Fudan, na China, sugerem que os pés de galinha, as rugas mais profundas do canto externo dos olhos, podem ser um importante sinal de alerta.

 

Os cientistas chegam mesmo a avisar que as pessoas com sinais de envelhecimento na pele podem ter um risco 2,5 vezes superior de virem a ser diagnosticadas com demência no futuro. A explicação, de acordo com os autores do estudo, pode estar na exposição excessiva ao sol e a outros fatores relacionados com o estilo de vida. 

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Foram analisados dados de 195.329 adultos, com uma idade média de 64 anos. Na primeira fase do estudo, os participantes foram questionados sobre a perceção que os outros tinham sobre a sua aparência. Nos 12 anos que se seguiram, foram registados 5.659 diagnósticos de demência entre os participantes. As pessoas que aparentavam ser mais velhas apresentavam um risco 61% superior de demência.

"O envelhecimento do rosto (...) pode ser um indicador de declínio cognitivo e ajudar a prever o risco de demência em adultos mais velhos. Descobrimos que uma perceção de idade facial maior do que a idade real estava associada a um alto risco de comprometimento cognitivo e demência", pode ler-se no artigo científico.

Na segunda fase do estudo, os autores fotografaram 612 participantes, com o objetivo de fazerem uma análise mais detalhada das imagens. As pessoas com mais rugas na zona dos olhos tinham 2,5 vezes mais hipóteses de virem a apresentar comprometimento cognitivo. Ainda assim, de realçar que esta investigação foi apenas observacional.

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Recorde-se que demência é um termo genérico utilizado para designar um conjunto de doenças que se caracterizam por alterações cognitivas que podem estar associadas a perda de memória, alterações da linguagem e desorientação no tempo ou no espaço. Para a maioria não existe tratamento. Porém, está provado que cerca de 40% das demências, como o Alzheimer (a forma mais comum de demência), podem ser prevenidas ou atrasadas.

A Organização Mundial de Saúde estima que existam 47.5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, número que pode chegar os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, para 135.5 milhões. 

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