Bolsonaro diz que regressa ao Brasil com "a sensação de missão cumprida"
O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou na terça-feira que saiu dos Estados Unidos com "a sensação de missão cumprida", acrescentando que a deslocação produziu avanços nas áreas económica, de segurança e na política externa.
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"Deixámos a América com a sensação de missão cumprida. Avanços importantes foram alcançados na área económica, de segurança e política externa, bem como a consolidação do novo caminho de forte amizade entre Brasil e Estados Unidos. Vamos cooperar para o bem dos nossos povos", afirmou Bolsonaro na rede social Twitter.
Após o encontro com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, em Washington, Bolsonaro declarou que alguém precisava de tomar a iniciativa e "estender a mão", referindo-se à decisão unilateral do Brasil de dispensar o visto de entrada no país para os norte-americanos.
"Alguém tinha de estender a mão e fomos nós. Creio que podemos ganhar muito na questão do turismo", comentou à imprensa.
Segundo Bolsonaro, citado pela Agência Brasil, nenhum norte-americano vai ao Brasil atrás de emprego, embora "o contrário exista".
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou outros compromissos comerciais firmados entre os dois países.
"O Presidente Bolsonaro anunciou que o Brasil implementará uma quota tarifária, permitindo a importação anual de 750 mil toneladas de trigo americano à taxa zero. Além disso, os Estados Unidos e o Brasil concordaram com as condições científicas para permitir a importação de carne suína dos Estados Unidos", informou a tutela.
O Itamaraty, nome como é conhecido este ministério, acrescentou que, com a finalidade de retomar as exportações brasileiras de carne bovina, os Estados Unidos concordaram em agendar uma visita técnica, com profissionais norte-americanos, para auditar o sistema de inspeção de carne bovina do país sul-americano.
O ministério referiu também que Jair Bolsonaro "começará a abrir mão" do tratamento especial que o Brasil recebe na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A decisão está "em linha" com a proposta apresentada por Donald Trump, para que o país apoie a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
"Em consonância com o seu estatuto de líder global, o Presidente Bolsonaro concordou que o Brasil começará a abrir mão do tratamento especial e diferenciado nas negociações da Organização Mundial do Comércio, em linha com a proposta dos Estados Unidos", finalizou o Itamaraty no comunicado.
Na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos afirmou na Casa Branca que apoia a entrada do Brasil na OCDE.
"Eu estou a apoiar os esforços deles [brasileiros] para entrar [na OCDE]", disse Trump, ao lado de Bolsonaro, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
Bolsonaro terminou na terça-feira uma visita oficial aos Estados Unidos, que começou no último domingo.
O encontro com Trump foi considerado por assessores e membros do Governo brasileiro como um primeiro passo para uma reconfiguração das relações entre Washington e Brasília.
O próprio Bolsonaro admitiu que escolheu os Estados Unidos como o primeiro destino para uma visita oficial desde que assumiu a Presidência do Brasil, em 01 de janeiro, para deixar claro o desejo do seu Governo de aproximar-se e alinhar-se com as políticas de Trump.
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