China foi hoje protagonista da cimeria da ASEAN e com ausência de Trump
A China foi hoje a protagonista da cimeira da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e dos parceiros externos em Banguecoque perante a ausência do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, noticia a EFE.
© Reuters
Mundo Sudeste Asiático
Antes da reunião bilateral ASEAN-China, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que gostaria de terminar em 2021 "um código de conduta" no mar da China Meridional, onde o país mantém disputas territoriais com outros membros da ASEAN e Taiwan.
O "código de conduta" procura evitar confrontos violentos no referido mar, un importante lugar de passagem do comércio marítimo, rico em recursos naturais e onde Pequim construiu bases militares em águas disputadas.
Em todo o caso, Li afirmou que as relações com a ASEAN são "mais fortes que nunca" num momento de "instabilidade" no resto do mundo.
Por outro lado, Li defendeu a finalização este ano das negociações da Associação Económica Integral Regional (RCEP), um megatratado de livre comércio que exclui os Estados Unidos e que juntaria cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) e metade da população mundial.
Os países da RCEP vão reunir-se na segunda-feira em Banguecoque com a intenção de avançar nas negociações deste acordo que se espera que possa ser assinado no próximo ano.
A China é o principal impulsionador da RCEP, que também inclui a Austrália, Coreia do Sul, Japão, Índia, Nova Zelândia e os dez membros da ASEAN, formada pela Birmânia, (Myanmar), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.
No sábado, o ministro do Comércio filipino, Ramón López, disse qua a RCEP contava com o consenso de todos os países menos de um, que fontes próximas das negociações citadas pela EFE indicaram que se trata da Índia.
Antes da reunião bilateral ASEAN-Índia, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apostou no aumento da conetividade e na relação comercial entre o seu país e a região do Sudeste Asiático, mas não mencionou a RCEP.
A RCEP nasceu como a resposta de Pequim ao Acordo Transpacífico de Cooperação Económica (TPP), apoiado ao princípio por Washington, mas que Trump tirou o país pouco depois de ocupar a Sala Oval em 2017.
A ausência do Presidente norte-americano na capital tailandesa deu o protagonismo desta reunião à China, representada como é habitual pelo seu primeiro-ministro, que está empenhado em aumentar a influência chinesa na região.
Para o substituir, Trump enviou uma delegação liderada pelo Secretário do Comércio, Wilbur Ross, e o assistente do Presidente em temas de segurança nacional, Robert O'Brien.
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