Palestina condena abertura de embaixada do Kosovo em Jerusalém
A Autoridade Nacional da Palestina (ANP) condenou hoje a abertura da embaixada do Kosovo em Jerusalém, inaugurada no domingo depois de Pristina e Israel terem iniciado relações diplomáticas no mês passado.
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Mundo ANP
A condenação foi feita pelo primeiro-ministro palestiniano, Mohamad Shtayeh, na reunião semanal de Conselho de Ministros, considerando que se tratou de "um reconhecimento efetivo" de Jerusalém como capital de Israel pelo governo kosovar.
Além disso, referiu Shtayed, a decisão de abrir uma embaixada na Cidade Santa viola o consenso europeu e o direito internacional, prejudica o direito do povo palestiniano sobre Jerusalém e afeta as perspetivas de um potencial processo de paz.
As declarações do primeiro-ministro palestiniano foram feitas um dia depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Kosovo ter anunciado que a nova embaixada "será fortemente dedicada ao aumento da cooperação bilateral (com Israel) e ao fortalecimento do perfil internacional do Estado de Kosovo".
Israel reconheceu o Kosovo como Estado em 1 de fevereiro, no âmbito de um acordo mediado pelo então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O país balcânico, com população predominantemente muçulmana, tornou-se assim o terceiro a estabelecer uma embaixada na cidade, depois dos Estados Unidos e da Guatemala.
A República Checa, as Honduras e a Hungria escolheram um meio-termo, ao abrir gabinetes com estatuto diplomático na Cidade Santa, dependentes das respetivas embaixadas em Telavive.
O estatuto de Jerusalém é uma questão delicada, já que a parte oriental da cidade foi ocupada, em 1967, pelos israelitas na Guerra dos Seis Dias, e, em 1980, oficialmente anexada e proclamada - unilateralmente e contra a comunidade internacional - capital de Israel, o que levou os Estados a retirarem as suas embaixadas da cidade até que seja encontrada uma solução para o conflito.
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