Prédio em Miami tinha "danos estruturais". Menino brasileiro desaparecido
Autoridades prosseguem buscas por 159 pessoas que ainda estarão nos escombros do edifício que, esta semana, colapsou parcialmente em Miami.
© Getty Images
Mundo Miami
Num novo dia em que prosseguem as buscas pelas 159 pessoas que ainda estão desaparecidas após o colapso parcial, na passada quinta-feira, de um prédio de 12 andares em Miami, nos Estados Unidos, o The New York Times noticia que um engenheiro tinha já avisado, há três anos, que o prédio que agora desabou tinha "danos estruturais de maior".
Estes estavam localizados na laje de cimento por baixo do deque da piscina, havendo ainda "abundantes" rachas no estacionamento subterrâneo. Os trabalhos iam ter início quando o edifício caiu.
O engenheiro Frank Morabito, no documento, de outubro de 2018, não indicou que a estrutura estava em risco de colapsar, mas "sublinhou que eram necessárias reparações" que deveriam ser focadas em manter a "integridade estrutural" do edifício e dos seus 136 apartamentos.
"Embora alguns desses danos sejam pequenos, a maior parte da deterioração do cimento precisa ser reparada em tempo útil", especificou o especialista.
Engineer had warned of structural damage before Florida building collapse -NYT https://t.co/MYEdYHSJj3 pic.twitter.com/FeKwuxSZqe
— Reuters (@Reuters) June 26, 2021
Menino brasileiro entre os desaparecidos
Um menino brasileiro de 5 anos está entre os desaparecidos após o colapso parcial. A informação, avançada pela CNN Brasil, acrescenta ainda que o pai do menino, de nacionalidade italiana, também se encontra em paradeiro incerto.
O canal cita a mãe da criança, Raquel Oliveira, que não estava no prédio no momento em que tudo ocorreu porque, no dia anterior, se tinha deslocado até ao estado norte-americano do Colorado para visitar familiares. "Eu estou bem e não há nada que eu precise além de notícias", escreveu nas redes sociais.
A mulher refere que, na altura da queda do edifício, o seu filho e o pai deste, Alfredo Leone, estariam a dormir. "Esta noite deixei o meu ADN para o compararem com os das crianças não identificadas conforme as forem encontrando", afirmou ainda Raquel.
De recordar que já foi confirmada a morte de quatro pessoas após a queda do edifício. Os Estados Unidos aprovaram ontem uma declaração de emergência devido ao desabamento, declaração essa que autoriza o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) e concretamente a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, em inglês) a coordenar "todos os esforços de socorro para aliviar as dificuldades e o sofrimento causado".
O colapso da Champlain Towers South
As autoridades ainda não adiantaram a causa do colapso, mas imagens e vídeos recolhidos nas proximidades mostram que o centro do edifício parece colapsar primeiro, com uma secção mais próxima do mar a oscilar e a desabar segundos depois, provocando uma enorme nuvem de pó que envolveu todo o bairro. O telhado do prédio estava a ser alvo de obras, mas ainda é desconhecido se isso estará ou não ligado à causa do acidente.
Cerca de metade dos apartamentos do edifício foram afetados e as equipas de resgate tinham retirado dos escombros pelo menos 35 pessoas algumas horas após o incidente, tendo sido levado para o local equipamento para ajudar a estabilizar a estrutura.
A torre acolhia residentes permanentes e sazonais, sendo que o edifício tem registo dos visitantes, mas não dos proprietários que ali residem. Os hotéis já estão a acolher alguns desalojados, estando a ser também disponibilizado acesso a refeições e medicamentos.
[Prédio de 12 andares colapsou parcialmente em Miami]© Getty Images
[Notícia atualizada às 17h48]
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