Pequim classifica como "construtivo" encontro entre China e EUA
A China descreveu hoje como "construtivo" o encontro entre o conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o chefe da diplomacia chinesa, Yang Jiechi, na cidade suíça de Zurique.
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"A reunião foi construtiva e propícia para melhorar o entendimento", apontou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em comunicado.
"Foi acordado fortalecer a comunicação, lidar adequadamente com as diferenças, evitar conflitos e trabalhar para que as relações bilaterais retornem ao caminho certo", lê-se na mesma nota.
A relação entre as duas maiores economias do mundo deteriorou-se, nos últimos anos, abalada por atritos no comércio, tecnologia, Direitos Humanos ou segurança.
O comunicado chinês não refere se o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, realizarão um encontro virtual, antes do final deste ano, conforme afirmou na quarta-feira o alto funcionário dos EUA.
A mesma fonte sublinhou que Washington deseja "estabilidade", para "poder competir de forma intensa, mas responsável", embora Pequim tenha salientado hoje que se opõe ao uso da palavra "competição", para definir as relações entre os dois países.
Yang disse que a China quer uma "coexistência pacífica", enquanto Sullivan enfatizou que os EUA vão "continuar a investir na sua própria força nacional" e a "trabalhar com os seus aliados e parceiros", de acordo com o comunicado da Casa Branca.
O assessor de Biden expressou as suas preocupações a Yang sobre violações dos Direitos Humanos na província de Xinjiang e na região semiautónoma de Hong Kong, bem como a situação no Mar do Sul da China.
Segundo o comunicado chinês, Yang disse ao seu interlocutor que espera que os EUA adotem "políticas racionais e pragmáticas" e não usem "questões de soberania e segurança" para "interferirem" nos assuntos internos da China.
O comunicado chinês também refere que os Estados Unidos "aderiram" ao acordo, segundo o qual Washington reconhece Pequim como o único Governo de toda a China.
Taiwan é um dos principais motivos de conflito entre as duas potências, especialmente porque Washington é o principal fornecedor de armas da ilha e seria o seu maior aliado militar, caso a China tente a reunificação através da força.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
No entanto, Pequim considera Taiwan parte do seu território, e não uma entidade política soberana, e ameaça usar a força caso a ilha declare independência.
Ambas as partes concordaram que a conversa ocorreu num tom "respeitoso", em contraste com a cimeira de março, na qual os representantes de ambas as potências protagonizaram uma acesa troca de acusações.
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