Países ocidentais condenam ataque a centro LGBT+ na Bulgária
Representantes de uma dezena de países ocidentais expressaram hoje a sua "solidariedade" para com a comunidade LGBT+ após a destruição das instalações de uma associação em Sofia, Bulgária, no sábado.
© NIKOLAY DOYCHINOV/AFP via Getty Images
Mundo LGBT+
"As embaixadas dos Estados Unidos, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Irlanda, Holanda, Portugal, Espanha e Reino Unido condenam veementemente o ataque ao Rainbow Hub", lê-se num comunicado conjunto.
Esta sede associativa "acolhe organizações que promovem a igualdade e a proteção dos direitos das pessoas LGBTQI+", acrescentaram, durante uma visita de vários embaixadores ao local.
No sábado, uma dezena de pessoas entrou nas instalações do Rainbow Hub enquanto decorria uma reunião, destruindo o local e espancando uma mulher.
"O líder deste ataque, Boyan Rassate, é bem conhecido pelas suas ações e declarações LGBT-fóbicas e é atualmente um candidato à presidência da Bulgária", denunciou no Twitter a fundação Bilitis, responsável pelo centro.
Rassate, um nacionalista, é um dos 23 candidatos às eleições presidenciais de 14 de novembro na Bulgária.
O procurador público considerou terem sido reunidas provas suficientes para o indiciar por "vandalismo" e "perturbação da ordem pública", segundo um comunicado em que Rassate é apenas identificado através das iniciais do seu nome.
Entretanto, a comissão eleitoral votou por unanimidade, a pedido do Ministério Público, o levantamento da imunidade de Boyan Rassate enquanto candidato às eleições presidenciais.
Entrevistado na televisão, Rassate recusou-se a assumir a autoria do ataque e acusou as organizações LGBT+ de "corromper menores", sustentando que "não deveriam surpreender-se por isto acontecer".
Após reunir 8.000 assinaturas, a associação Rainbow Hub apresentou recentemente uma petição no Parlamento reclamando a criminalização de atos homofóbicos, atualmente considerados hooliganismo.
Hoje, cerca de 400 pessoas manifestaram-se frente ao gabinete do procurador-geral, pedindo justiça para as minorias sexuais.
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