Cimeira concorda no reforço do controlo nuclear
Os países e organismos internacionais que participam na III Cimeira sobre segurança nuclear manifestaram hoje a sua determinação em evitar ações de terrorismo nuclear e que esse armamento "caia nas mãos erradas".
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Representantes de 53 países, incluindo os presidentes dos Estados Unidos e França, a chanceler alemã e os primeiros-ministros do Reino Unido, Itália, Japão e Canadá, encerraram hoje o primeiro dia desta reunião, onde a situação na Ucrânia e as relações entre os países ocidentais e a Rússia foram temas centrais.
Os participantes "analisaram, na base de um cenário fictício mas realista, o que poderia suceder perante a ameaça de material nuclear cair em mãos erradas", informou em comunicado o ministério holandês dos Negócios Estrangeiros.
"Todos temos o mesmo objetivo: prevenir o terrorismo nuclear", assegurou por sua vez o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, antes de se deslocar ao Catshuis, a sua residência oficial em Haia, onde esta noite decorre a reunião extraordinária dos líderes do G7 (EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Canadá e Japão), que vai abordar as próximas medidas relacionadas com a crise na Ucrânia e a Rússia.
Para garantir os objetivos desta conferência, com a IV edição já anunciada para Washington em 2016, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon também anunciou a cooperação do sistema das Nações Unidas e agências especializadas.
De acordo com Ban, a ONU poderá colaborar no reforço do marco internacional de segurança nuclear, e na capacidade de os Estados detetarem e eliminarem o comércio ilegal de material radiológico e nuclear através das agências internacionais especializadas.
Numa referência à intervenção russa e posterior anexação da Crimeia ao seu território, o secretário-geral da ONU sublinhou que "as garantias fornecidas á Ucrânia no Memorando de Budapeste de 1994 foram seriamente comprometidas pelos recentes acontecimentos".
Ban Ki-moon sustentou ainda que "as implicações são profundas para a segurança regional e a integridade do regime de não-proliferação nuclear", antes de se referir à situação do Irão e Coreia do Norte, a quem pediu garantias para que a sua tecnologia nuclear seja apenas utilizada para fins pacíficos.
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