Biden irá reunir-se com Mohammed Bin Salman
O presidente norte-americano, Joe Biden, irá reunir-se com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman, como parte das negociações com uma delegação saudita, indicou quinta-feira a Casa Branca.
© Reuters
Mundo Encontro
O presidente dos EUA "irá participar numa reunião bilateral com o rei Salman e a sua equipa de liderança e (...) o príncipe herdeiro faz parte dessa equipa", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, em declarações a jornalistas.
Segundo Kirby, esta é a única reunião atualmente agendada entre o príncipe, conhecido como "MBS", e Biden durante sua visita à Arábia Saudita na próxima semana.
Para os analistas, este encontro será dedicado à reabilitação internacional do príncipe, em grande parte isolado após o assassinato do jornalista saudita e crítico do regime Jamal Khashoggi, em 2018.
A inteligência dos EUA acusa a MBS de ter "validado" o assassinato em Istambul do colunista do Washington Post, o que Riad sempre negou.
Joe Biden estimou, antes da sua eleição para a Casa Branca, que a Arábia Saudita deveria ser tratada como um Estado "pária".
Contudo, os preços crescentes da energia devido à guerra na Ucrânia e as tensões regionais ligadas aos programas balísticos e nucleares do Irão alteraram a situação e o príncipe de 36 anos voltou a ser um ator importante no Médio Oriente.
Durante esta visita ao principal aliado árabe dos Estados Unidos na região, Joe Biden também deverá discutir "o fortalecimento da colaboração regional, principalmente na aérea da defesa", disse John Kirby.
O presidente planeia participar numa reunião do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), fórum diplomático que reúne vários países árabes da região.
"Continuamos a trabalhar em estruturas e capacidades integradas da área da defesa em toda a região" devido a "preocupações com o Irão e as suas crescentes capacidades de mísseis balísticos, sem mencionar o seu apoio ao terrorismo regional", acrescentou Kirby.
Teerão, um aliado próximo do regime sírio, do Hezbollah libanês e do Hamas palestiniano, é acusado de apoiar militarmente os rebeldes houthis no Iémen.
"Estamos a conversar bilateralmente com países da região sobre capacidades da área da defesa e estamos a explorar a ideia de integrar essas capacidades 'numa estrutura comum' para realmente melhorar a cobertura (aérea) contra a crescente ameaça iraniana", explicou o porta-voz.
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