Primeiro-ministro da Nova Zelândia vai visitar a China ainda este mês
O primeiro-ministro da Nova Zelândia anunciou hoje que vai liderar, no final de junho, a deslocação de uma delegação comercial à China, principal parceiro comercial do país e cuja crescente influência no Pacífico Sul suscita preocupação em Wellington.
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Mundo Comércio
"A relação com a China é uma das mais significativas, extensas e complexas da Nova Zelândia", afirmou Chris Hipkins, durante uma conferência de imprensa que serviu para anunciar a primeira viagem de um chefe de Governo da Nova Zelândia à China desde 2019.
Hipkins disse esperar que a visita aumente o comércio com a China e diversifique a cooperação para outros "setores emergentes", como a saúde e bem-estar ou a indústria dos cosméticos.
A Nova Zelândia exporta sobretudo laticínios e produtos à base de carne. As vendas para a China representam um quarto das exportações do país. A Nova Zelândia importa eletrónicos, maquinaria, roupas e móveis do país asiático.
O anúncio surge depois de o governo da Nova Zelândia ter assinado a "Declaração Conjunta contra a Coerção Económica no Comércio", em Paris, no fim de semana, junto com a Austrália, Canadá, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, em resposta às práticas da China.
A embaixada chinesa em Wellington publicou este fim de semana, por sua vez, um comunicado no qual afirmou que "alguns países tendem a ir longe demais ou a abusar do conceito de segurança nacional para impor políticas protecionistas sob vários pretextos, que violam descaradamente tanto as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) como os compromissos realizados em conjunto por todas as partes", numa alusão aos Estados Unidos.
O primeiro-ministro da Nova Zelândia assegurou que o seu governo mantém "um diálogo sólido e contínuo com a China". Ao contrário da Austrália, a Nova Zelândia não foi alvo de sanções chinesas.
A Nova Zelândia é parceira histórica dos Estados Unidos e da Austrália, integrando a aliança de inteligência Cinco Olhos, que também inclui o Canadá e o Reino Unido.
Wellington tem expressado preocupação com a crescente influência da China no Pacífico Sul. Pequim celebrou, no ano passado, um pacto de segurança com as Ilhas Salomão, que despertou receios sobre uma possível presença militar chinesa perto da Austrália.
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