Venezuela condena "ameaça irracional" de grupo Wagner
O governo da Venezuela condenou hoje a "ameaça irracional" do grupo Wagner, que lançou uma rebelião armada contra Moscovo, e reiterou o seu "absoluto apoio" ao presidente russo, Vladimir Putin.
© Reuters
Mundo Nicolás Maduro
Em nome do executivo venezuelano, o Presidente Nicolás Maduro "condena energicamente a ameaça irracional do grupo Wagner e do seu líder, Yevgueni Prigozhin, de promover uma insurreição armada na Federação da Rússia através de meios terroristas", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do país caribenho.
A chamada revolução bolivariana, parceira comercial e aliada ideológica da Rússia, rejeitou "qualquer mudança de poder ou sublevação armada por via violenta e inconstitucional, bem como o uso de forças externas que apostam numa guerra civil" no gigante euro-asiático.
Segundo Caracas, tal atenta "contra a soberania e autodeterminação dos povos" e viola "a estabilidade política e a paz social da Rússia".
Por isso, a nação sul-americana "expressa o seu absoluto apoio ao Presidente Putin e a sua solidariedade com o povo russo perante este ataque contra a paz, a estabilidade e a sólida democracia deste país irmão", conclui o texto.
O líder do grupo de mercenários russo Wagner anunciou hoje que os combatentes regressarão às suas bases, depois de avançarem por território russo até ficarem a 200 quilómetros de Moscovo, para evitar um derramamento de sangue.
As forças do grupo paramilitar Wagner atravessaram a fronteira russa de madrugada e tomaram a cidade russa de Rostov, cidade estratégica no sul da Rússia para a guerra na Ucrânia, após o que colunas dessa formação partiram em direção a Moscovo para "se ocuparem" daqueles que "aniquilam" os soldados russos.
O presidente russo classificou como traição a sublevação do grupo Wagner, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e garantindo que não vai deixar eclodir uma "guerra civil" e que os responsáveis pagarão por isso.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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