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Oposição albanesa provoca incêndio ao tentar bloquear orçamento
O Parlamento albanês teve que interromper hoje um debate quando vários deputados do conservador Partido Democrata provocaram um pequeno incêndio ao lançarem tochas incendiárias, numa tentativa de bloquear a aprovação do orçamento para 2024.
© Action Vortex
Mundo Albânia
Nas imagens da sessão parlamentar, transmitida em direto pelo canal de televisão local A2, foi visível como as tochas incendiárias lançadas pelos opositores desencadearam um incêndio, que foi apagado pelos seguranças que estavam na sala, com copos e garrafas de água.
O incidente ocorreu enquanto a presidente da Câmara, Lindita Nikolla, abria o debate sobre a proposta orçamental para o próximo ano apresentada pelo Governo do partido socialista liderado pelo primeiro-ministro albanês, Edi Rama.
Anteriormente, no início da sessão, houve um confronto físico entre vários deputados que apoiam o ex-primeiro-ministro e agora legislador Sali Berisha com seguranças do Parlamento.
Apesar do fumo e das tensões, a maioria socialista aprovou o orçamento na primeira leitura, após a qual a sessão foi interrompida.
Berisha defendeu hoje a ação dos seus partidários para evitar o que chamou de "o maior roubo da história" do país.
As tochas são "um instrumento que incendiou o procedimento inconstitucional deste governo ladrão", disse o político.
A presidente do Parlamento acusou a oposição de tentar impedir que se fale em "aumentos de salários, pensões e reembolso de dívidas".
Não é a primeira vez que a oposição recorre a tochas e bombas de fumo para obstruir os trabalhos do Parlamento.
Os conservadores acusam vários membros do Governo de envolvimento em alegados casos de fraude e peculato e pedem há um ano uma investigação parlamentar sobre o assunto, que até agora não foi aberta. Afirmam que os socialistas impedem esta investigação, razão pela qual nas últimas semanas realizaram ações semelhantes às de hoje.
No entanto, Berisha está a ser investigado por suspeita de corrupção e está proibido de sair do país.
Leia Também: O controverso acordo de "deslocalização" entre Itália e Albânia
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