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Reino Unido e EUA repeliram o maior ataque huthi no Mar Vermelho

O ministro da Defesa britânico, Grant Shapps, disse hoje que as forças do Reino Unido e dos Estados Unidos repeliram hoje "o maior ataque" dos rebeldes Huthi "até à data" no Mar Vermelho.

Reino Unido e EUA repeliram o maior ataque huthi no Mar Vermelho
Notícias ao Minuto

09:02 - 10/01/24 por Lusa

Mundo Mar Vermelho

"Durante a noite, o navio britânico HMS Diamond e os navios de guerra americanos repeliram com sucesso o maior ataque até à data dos Huthi apoiados pelo Irão no Mar Vermelho", escreveu o ministro na rede social X.

"O Diamond frustrou vários ataques de drones de que estava a ser alvo assim como contra navios mercantes que se encontravam na zona", acrescentou o ministro, frisando que não se registaram feridos entre a tripulação nem danos no navio britânico.

O Comando dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom) afirmou que os huthi "lançaram um ataque complexo concebido pelo Irão no sul do Mar Vermelho, utilizando drones, mísseis de cruzeiro e um míssil balístico".

Os aparelhos aéreos não tripulados (drones) e os mísseis foram abatidos por caças do porta-aviões norte-americano Dwight D. Eisenhower, três contra torpedeiros norte-americanos e um navio de guerra britânico, o HMS Diamond, afirmou o Centcom em comunicado.

As forças internacionais destacadas para o Mar Vermelho responderam a um novo incidente de segurança ao largo da costa norte do Iémen, uma região sob o controlo dos rebeldes huthi, informou a agência britânica de segurança marítima UKMTO.

"A UKTMO recebeu informações sobre um incidente a cerca de 50 milhas náuticas a oeste de Hodeida (porto iemenita) envolvendo drones. As forças da coligação intervieram", disse a agência britânica, aconselhando os navios a viajar "com cautela" no Mar Vermelho.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro do ano passado, os huthis, que controlam uma grande parte do Iémen, intensificaram os ataques no Mar Vermelho para impedir o tráfego marítimo internacional, alegando solidariedade com os palestinianos em Gaza.

Israel prometeu "aniquilar" o Hamas após o ataque em solo israelita "numa escala sem precedentes".

Os bombardeamentos israelitas já mataram mais de 23.210 pessoas em Gaza, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

O principal aliado de Israel, os Estados Unidos, criou em dezembro uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos huthis, nesta zona estratégica por onde passa 12% do comércio mundial.

O ministro da Defesa britânico anunciou na terça-feira à noite que outra fragata, a HMS Richmond, estava a caminho do Mar Vermelho para combater os "ataques" dos huthis.  

Segundo o Centcom, o ataque de terça-feira à noite foi o 26º que visou a navegação comercial no Mar Vermelho desde o ano passado.

O ataque ocorreu no momento em que o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, se encontrava em Israel, no âmbito de uma digressão regional destinada, entre outros objetivos, a evitar o alastramento da guerra entre Israel e o Hamas.

[Notícia atualizada às 10h07]

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