Já quase ninguém os usa, mas há 180 anos revolucionaram o mundo
Falamos dos fósforos. Embora o primeiro passo para a sua descoberta tenha sido dado em 1827, só em 1844 é que dois irmãos criaram e começaram a vender as caixas de fósforos como ainda hoje as conhecemos.
© Shutterstock
Mundo Aniversário
É talvez, para a nova geração, um objeto com pouco significado, mas a sua invenção, há quase duas centenas de anos, revolucionou o mundo da cozinha.
Foi há 180 anos que os fósforos nasceram e embora a sua chama pareça estar a desvanecer-se - com o surgimento de novos tipos de invenções - importa lembrar a sua origem.
O primeiro passo para a sua descoberta é atribuído ao químico inglês John Walker, em 1827, após ter descoberto que ao cobrir a ponta de um pequeno pau com certos produtos químicos, deixando-os secar posteriormente, poderia, ao pressioná-lo em qualquer superfície, provocar um fogo. A descoberta foi feita por acidente, mas John Walker não a quis patentear, deixando para outros o título de 'criador' do fósforo.
Assim, depois disso, foram vários os que deram o seu contributo para a evolução da descoberta.
Em 1830, o químico francês Charles Sauria adicionou fósforo branco aos palitos para acabar com o seu mau cheiro. Porém, viria a descobrir-se que este componente era altamente perigoso. Em 1836, Alonso D. Philips, dos EUA, conseguiu uma patente para os fósforos de fricção, a que chamou de Loco focos. Ainda assim, continuavam a ser perigosos.
Os inventores dos fósforos tinham ainda um desafio pela frente: criar o fósforo de segurança. A solução foi encontrada na Suécia, um dos países com menos horas de luz do dia e mais frios, graças ao químico Gustaf Erik Pasch, que transformou o fósforo branco ou amarelo no fósforo vermelho, que hoje vemos nas cabeças dos fósforos e que só pode ser aceso se for arrastado rapidamente através da faixa de tecido áspero que cobre os dois lados das caixas que os contêm, lembra o La Vanguardia.
Mas não foi Pasch que se tornou mundialmente famoso pelos seus fósforos de segurança. Esse mérito está atribuído aos irmãos Carl e Johan Lundström, que fundaram uma fábrica na cidade sueca de Jönköping (que era conhecida como a 'Cidade dos Fósforos') e os patentearam e venderam nas caixas de cores vivas que inventaram, um caso de sucesso, a partir de 1844.
Atualmente, são as cidades suecas de Vetlanda e Tidaholm que mais produzem fósforos para todo o mundo, segundo a empresa madeireira Sydved, que os fornece.
"No nosso mundo, o fogo foi-se gradualmente 'fechando' (...) na cozinha moderna, o fogo não foi apenas dominado: foi fechado e compartimentado", escreveu Bee Wilson em 'The Importance of the Fork'.
O La Vanguardia recorda que nos dias de hoje, basta carregar num botão ou rodar um botão do fogão, para que este se acenda. Dali sai uma boa chama, ou simplesmente o calor necessário para cozinhar.
Na origem desta evolução, está contudo, este pequeno e fino objeto, a que um dia se deu o nome de fósforo.
Leia Também: Devíamos andar todos a colocar fósforos nos vasos das plantas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com