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Estado Islâmico reivindica ataque com 16 mortos no Paquistão

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje a autoria de um atentado mortal no Paquistão, que fez 16 mortos na véspera das eleições legislativas e provinciais.

Estado Islâmico reivindica ataque com 16 mortos no Paquistão
Notícias ao Minuto

19:03 - 07/02/24 por Lusa

Mundo Estado Islâmico

Os combatentes do EI "fizeram explodir uma mota" carregada de explosivos "durante um comício eleitoral" no distrito de Pashin, a cerca de 50 quilómetros a norte de Quetta, a capital do Baluchistão, declarou o grupo num comunicado publicado na aplicação de mensagens Telegram.

Pelo menos 16 pessoas foram mortas e mais de 20 ficaram feridas, segundo as autoridades.

Após este anúncio, o movimento islamita reivindicou igualmente a autoria do segundo atentado bombista mortal no sudoeste do Paquistão.

Os combatentes do EI utilizaram uma mota equipada com explosivos "no meio de um comício eleitoral (...) na zona de Killa Saifullah, na província do Baluchistão", declarou o grupo num comunicado publicado na aplicação de mensagens Telegram, pouco depois de ter reivindicado a autoria de um atentado semelhante no distrito de Pishin, na mesma província.

Pelo menos 28 pessoas foram mortas nos dois ataques.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os dois atentados contra as sedes de partidos políticos e de candidatos independentes.

"Condenamos veementemente os horríveis ataques, bem como as explosões a que assistimos hoje cedo, que mataram muitas pessoas e feriram muitas mais, um dia antes das eleições e que estão claramente relacionadas com as eleições", afirmou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, numa conferência de imprensa.

Dujarric sublinhou "o direito dos paquistaneses" a participarem em "eleições livres de medo, intimidação e violência".

Expressou ainda as "mais profundas condolências" às famílias das vítimas e desejou uma "rápida recuperação" aos feridos.

"As Nações Unidas continuarão a mostrar-se solidárias com o Governo e o povo do Paquistão nos seus esforços para combater o extremismo e o terrorismo", afirmou.

Dezenas de milhares de forças policiais e paramilitares em todo o Paquistão foram destacadas para garantir a paz, após uma recente onda de ataques no país, especialmente na província do Baluchistão.

Esta província rica em gás, na fronteira do Afeganistão e do Irão, tem sido palco de uma insurreição levada a cabo por nacionalistas há mais de duas décadas.

Inicialmente, os nacionalistas reclamavam uma parte dos recursos da província, mas depois insurgiram-se pela independência.

Os talibãs paquistaneses e outros grupos militantes também têm uma forte presença na província.

Nas eleições de quinta-feira, os cerca de 127 milhões de eleitores inscritos no Paquistão vão eleger 272 dos 342 membros da Assembleia Nacional, com 60 dos restantes lugares reservados às mulheres e outros 10 às minorias religiosas.

Leia Também: Pelo menos seis soldados mortos em ataque a base militar dos EUA na Síria

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