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Aeroporto da Nova Caledónia vai manter-se fechado a voos comerciais

O aeroporto internacional de Numea permanecerá fechado para voos comerciais até às 9h00 (23h00 em Lisboa) de quinta-feira, anunciou hoje o diretor da Câmara de Comércio e Indústria (CCI) da Nova Caledónia, Charles Roger.

Aeroporto da Nova Caledónia vai manter-se fechado a voos comerciais
Notícias ao Minuto

11:07 - 20/05/24 por Lusa

Mundo Nova Caledónia

Os voos comerciais estão suspensos desde terça-feira devido aos tumultos registados no território francês do Pacífico Sul.

O anúncio de hoje foi feito apesar dos muitos apelos apresentados pela Austrália e, sobretudo, pela Nova Zelândia, que querem fazer sair do território os seus cidadãos.

O território é palco, há uma semana, de violência numa escala inédita há 40 anos, em reação a uma reforma do órgão eleitoral criticada pelos apoiantes da independência.

A crise teve início quando foi apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris que determina que residentes franceses que vivem no arquipélago há 10 anos passam a poder votar nas eleições locais.

Os líderes políticos locais temem que as forças da Nova Caledónia fiquem enfraquecidas com a nova medida.

Os motins que se seguiram já causaram a morte de pelo menos cinco pessoas, incluindo dois polícias, e centenas de feridos, segundo as autoridades.

O primeiro-ministro australiano disse hoje que a situação na Nova Caledónia é "realmente preocupante" e adiantou que a Força Aérea Australiana está pronta a intervir para os mais de 300 cidadãos do país que se encontram naquele território do Pacífico Sul.

Dois turistas australianos disseram à agência de notícias France-Presse que estavam retidos desde terça-feira na Nova Caledónia, num complexo hoteleiro a meio caminho entre a capital Numea e o aeroporto, e que estavam prestes a ficar sem comida, já que as estradas bloqueadas.

As duas companhias aéreas que funcionam no território, a Aircalin e a Air Calédonie, estão a fornecer alojamento a alguns dos retidos em Nova Caledónia, ma já avisaram que "não podem fazer isso para sempre".

O Governo local detém 99% da Aircalin e 50,3% da Air Calédonie.

Leia Também: Austrália tenta retirar cerca de 300 cidadãos da Nova Caledónia

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