Equador regista corte geral de energia à "escala nacional"
O Equador sofreu quarta-feira um corte geral de eletricidade de pelo menos uma hora à "escala nacional", devido a falhas no o sistema de transmissão de energia, adiantou o ministro da Energia, Roberto Luque.
© GALO PAGUAY/AFP via Getty Images
Mundo Equador
"Há uma falha na rede que causou um corte em cascata, por isso não há eletricidade em todo o país", sublinhou Luque através da rede social X, sem dar mais explicações.
Roberto Luque sublinhou também que o Operador Nacional de Energia Elétrica (Cenace) estava a trabalhar "para resolver o problema o mais rápido possível".
A interrupção surpreendeu os equatorianos, principalmente os moradores da capital Quito e os utilizadores do metro, por volta das 15:20 (21:20 em Lisboa).
A energia voltou gradualmente, de um bairro para outro, uma hora depois do apagão, pelo menos em Quito, cidade com cerca de três milhões de habitantes, constatou no local a agência France-Presse (AFP).
Fonte próxima dos operadores elétricos equatorianos adiantou à agência Efe que a Cenace se ofereceu para dar uma resposta ao súbito corte massivo de energia nos próximos minutos.
Segundo os 'media' locais, o "apagão em massa" afetou diversas regiões do país e a falta de energia elétrica foi confirmada em cidades como Quito, Guayaquil, Cuenca e Manta, entre outras.
O surpreendente corte de energia ocorre dois dias depois de o Governo ter descartado a possibilidade de apagões, tal como tinha sido anunciado na segunda-feira, depois de a central hidroelétrica Coca-Codo-Sinclair, o gerador mais importante do país, ter saído de operação.
A retirada do sistema daquela central deveu-se ao perigo de que pudesse sofrer danos devido ao aumento da quantidade de sedimentos nos caudais dos rios que a alimentam, devido às intensas chuvas.
O ministro Luque garantiu na altura que os problemas de acumulação de sedimentos fizeram com que a central parasse de funcionar, mas frisou que foi utilizado um chamado "reservatório de compensação" para a colocar novamente em funcionamento.
Além disso, o ministro alertou que havia perigo semelhante nas hidrelétricas de Agoyán e San Francisco, também pelos efeitos das intensas chuvas, razão pela qual o país deixou de gerar 2.145 megawatts de energia.
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