Presidente da EFE defende jornalismo de agência em tempos de polarização
O presidente da agência de notícias EFE, Miguel Ángel Oliver, defendeu o jornalismo das agências de notícias em contextos de polarização política, por contribuir para fornecer informação rigorosa e pluralista.
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Mundo Jornalismo
"Quando há uma polarização tão excessiva (...) creio que as agências são, se possível, o remédio para tentar fazer um jornalismo despolarizado", sublinhou, no sábado, Oliver, durante o painel "Informar em tempos de polarização", no Festival Gabo, que decorre este fim de semana em Bogotá.
"Na agência EFE, não temos uma linha ideológica (...) somos repórteres de factos e não repórteres de opinião", sublinhou.
Oliver destacou o valor do jornalismo na América Latina, uma região "em que há uma luta pela liberdade".
"Estamos numa sociedade polarizada em que tudo parece ser um jogo de cartas, mas na Europa não estamos a arriscar a vida como os nossos colegas aqui", disse, aludindo à situação que se vive em alguns países da região e aos riscos que acarretam.
Oliver destacou o trabalho dos jornalistas da EFE em tempos de verificação da informação, referindo que a agência tem um "exército de verificadores" em todo o mundo, numa alusão aos mais de 1.100 repórteres de 46 nacionalidades que trabalham em 180 cidades de 110 países.
"A EFE e outros meios de comunicação social criaram serviços de verificação", sendo atualmente o maior meio de comunicação social de língua espanhola com um departamento de verificação próprio, afirmou.
"Vivemos numa situação em que, sendo um órgão público, nos tornámos garantes de uma informação verdadeira", sublinhou.
A 12.ª edição do Festival Gabo, que se realiza pelo terceiro ano consecutivo na capital colombiana, reúne desde sexta-feira mais de 150 convidados de 25 países que participarão em 'workshops', conferências e palestras.
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