"Bushra Bibi foi libertada e recebida por uma equipa do PTI [Pakistan Tehreek-e-Insaf, partido da oposição fundado por Khan]", disse à agência de notícias AFP Khalid Yousaf Chaudhry, membro da equipa de advogados que defende Bibi em vários casos.

Perante a imprensa reunida à porta da prisão de Adiala, onde o casal estava preso, o líder do PTI, Gohar Ali Khan, acusou as autoridades de terem detido a ex-primeira-dama "para pressionar Imran Khan".

Ali Khan anunciou que a mulher do ex-primeiro-ministro iria para Bani Gala, um subúrbio de Islamabad, onde se localiza a residência do casal.

Bushra Bibi foi detida no final de janeiro, no período que antecedeu as eleições legislativas, marcadas por alegações de fraude e quando as autoridades intensificaram a repressão contra os apoiantes do PTI.

A mulher de Khan foi detida em 31 de janeiro devido a um caso de corrupção, no qual o seu marido também está envolvido, e depois mantida detida para um julgamento que relacionado à legalidade do seu casamento.

Bibi foi libertada hoje depois de ter obtido uma caução [um milhão de rupias ou 3.350 euros], mas continua a ser processada em vários casos e responderá em liberdade.

Khan, no poder de 2018 a 2022, está a ser processado em vários tribunais, principalmente em casos de corrupção ou manifestações violentas por parte dos seus apoiantes. Um destes tribunais denunciou abertamente a intimidação realizada por parte dos serviços de informações paquistaneses.

Em julho, um painel de peritos da ONU descreveu a prisão de Khan como "arbitrária", apelando à sua libertação "imediata".

Os seus apoiantes mobilizaram-se massivamente durante a sua detenção, há mais de um ano, e continuam a manifestar-se regularmente.

Recentemente, dez deputados do seu partido foram detidos e apresentados a um juiz antiterrorista poucos dias depois da aprovação de uma lei que regula as manifestações em Islamabad.

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