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Morto "capacete azul" da ONU em confrontos com rebeldes

Um "capacete azul" da ONU foi morto e oito ficaram feridos em confrontos com milícias rebeldes, na capital da República Centro-Africana, pela primeira vez desde 2016, disse na terça-feira fonte da segurança.

Morto "capacete azul" da ONU em confrontos com rebeldes
Notícias ao Minuto

06:20 - 11/04/18 por Lusa

Mundo Capital

Pelo menos 46 pessoas ficaram feridas nestes confrontos, que opuseram uma patrulha da missão da ONU na República Centro-Africana (MINUSCA) e de soldados centro-africanos, às milícias rebeldes, autoproclamadas de 'autodefesa da zona', no bairro PK5, em Bangui, indicou a mesma fonte.

No domingo, um ataque conjunto da missão da ONU na República Centro-Africana (RCA) e do exército num bairro de Bangui, controlado por rebeldes, deixou três mortos e vários feridos, indicou fonte oficial.

"A operação teve como objetivo ocupar as posições deste grupo que se autodenomina 'autodefesa da zona' e permitir a circulação de pessoas e bens", disse o porta-voz do Governo centro-africano, Ange Maxime Kazagui.

A RCA vive um complexo processo de transição desde que, em 2013, os rebeldes da etnia Seleka derrubaram o regime do até então Presidente François Bozizé, desencadeando uma onda de violência sectária entre muçulmanos e cristãos que causou milhares de mortos e cerca de um milhão de deslocados internos.

A eleição de Faustin Archange Trouadéra como novo Presidente, em fevereiro de 2016, devia abrir uma nova era na RCA, mas tal não aconteceu.

As autoridades de Bangui têm enfrentado diversos problemas para controlar dezenas de grupos rebeldes espalhados pelo país e na própria capital.

A missão da ONU na República Centro Africana conta com uma companhia de 138 militares do Exército e da Força Aérea Portuguesa, que a 05 de março se juntou aos 21 militares já no terreno, no aquartelamento de Bangui, desde 18 de fevereiro.

A missão da ONU iniciou-se em setembro de 2014 com mandato para "proteção dos civis", "promoção e proteção dos direitos humanos", "apoio à justiça nacional e internacional" e "desarmamento, desmobilização, reintegração e repatriação", num contexto de crise política e de violações de direitos humanos, segundo a página da internet do EMGFA.

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