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Marcelo diz a alunos em Cabo Verde que deve aos livros tudo o que é

O Presidente da República português leu hoje um conto de Cabo Verde às crianças de uma escola no Salineiro, na Cidade Velha, onde a cooperação portuguesa financia uma biblioteca escolar, partilhando a magia que sente quando folheia um livro.

Marcelo diz a alunos em Cabo Verde que deve aos livros tudo o que é
Notícias ao Minuto

17:12 - 11/03/19 por Lusa

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"Ao ler, a pessoa entra em outros mundos que não conhecia e imagina. No livro é preciso imaginar o sítio, a aventura, o que aconteceu", disse Marcelo Rebelo de Sousa às crianças que frequentam o primeiro e segundo ciclo do ensino básico e que hoje receberam o chefe de Estado português, cantando o hino de Cabo Verde.

Visivelmente satisfeito com a quantidade de livros naquela biblioteca escolar, uma das nove do projeto 'Dinamização de Bibliotecas Escolares', fruto de uma cooperação entre o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, que financia e co-implementa a ideia, e os ministérios da Educação e da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, Marcelo não hesitou em atribuir aos livros tudo o que é hoje.

"Hoje sou Presidente da República, mas toda a vida fui professor, um professor de meninos mais crescidos. Cheguei a professor lendo muito. A minha vida foi o que foi porque desde pequeno que leio muito", disse, partilhando com os alunos a paixão que o levou a criar uma biblioteca, na qual constam atualmente 200 mil livros.

O Presidente Marcelo foi depois brindado com a leitura de um conto de Luísa Ducla Soares -- 'O planeta Azul', contado a seis vozes por alunos que costumam frequentar esta biblioteca escolar e que constam do quadro de honra.

E foram estes que escolheram um livro para o chefe do Estado português ler, optando por 'A Estrelinha Tlim Tlim', que é um conto de Cabo Verde que termina com a mais desejada de todas as notícias no arquipélago: a chegada da chuva.

No final, Marcelo Rebelo de Sousa fez e respondeu a perguntas, perante uma audiência curiosa, embora tímida. Não se furtou às selfies com os responsáveis pelo projeto, professores e colaboradores.

Aos jornalistas, classificou o projeto de "fundamental".

"Arrancar, no básico, em nove escolas em locais mais necessitados, por estarem mais longe dos grandes centros. Primeiro, na ilha de Santiago, segue este ano para a Brava e o Fogo", comentou.

"A ideia não é só 500 livros para as bibliotecas, mas também apoiar os bibliotecários, os formadores, como organizar uma biblioteca, organizar a leitura, ajudar a importância do livro. Ler é essencial e quanto mais cedo começar a leitura, mais o efeito da leitura muda a vida das crianças e depois das pessoas. É essa a grande aposta", disse.

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou depois o interesse que encontrou nas crianças pelo conto que leu e a atenção a pequenos pormenores que a história contém. Uma característica que o Presidente português atribui a hábitos de leitura.

Antes de se despedir das crianças, Marcelo ofereceu os livros adquiridos pela cooperação portuguesa, confessando-se um "fanático da leitura".

O Presidente da República português esteve em Cabo Verde desde o final do dia de domingo, após a visita de Estado a Angola. Regressou a Lisboa ao início da tarde de hoje.

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