Fábrica ampliada para aumentar transformação de carne de porco preto
A fábrica Montaraz, que transforma carne de porco preto no concelho alentejano de Ourique, ampliou pela segunda vez as instalações para aumentar a capacidade de transformação de porcos e produção de presuntos e paletas, foi hoje divulgado.
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País Fábrica
A ampliação das instalações, a segunda feita pela empresa e que corresponde à terceira fase do projeto, permitiu "criar as condições necessárias" para a fábrica passar a transformar "cerca de 8.000 porcos pretos por ano", disse à agência Lusa Rui Fialho, sócio-gerente da Montaraz, situada na aldeia de Garvão, no concelho de Ourique (Beja).
Segundo Rui Fialho, o investimento permitiu também "dotar a Montaraz de maior capacidade de produção e cura de presuntos e paletas de porco preto", o que era necessário, já que o processo de cura natural prolongado destes produtos, que é de 18 meses no mínimo, "requer mais e maiores espaços de cura natural".
Por outro lado, indicou o responsável da empresa, através da ampliação, que permitiu aumentar a área total da fábrica de 1.600 para 5.000 metros quadrados, a Montaraz, "indo ao encontro das novas tendências de consumo de charcutaria", instalou "uma nova sala de fatiagem e embalagem de enchidos e presuntos".
O aumento da unidade fabril possibilitou a criação de "mais 10 postos de trabalho", disse Rui Fialho, referindo que, atualmente, "a equipa da Montaraz é composta por 70 colaboradores".
Rui Fialho escusou-se a revelar o investimento feito na obra de ampliação, que é inaugurada hoje, a partir das 15:00, pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, referindo apenas que "não teve apoio de fundos comunitários" e foi financiada por um dos parceiros da empresa.
Segundo Rui Fialho, a fábrica transforma, durante todo o ano e "numa cadência regular", porcos pretos criados no campo e, sazonalmente, porcos de raça Alentejana, que são criados no montado e alimentados com bolota.
A partir dos porcos pretos criados no campo, a fábrica produz e comercializa presuntos, paletas e enchidos, e também carne fresca, no mercado nacional, e ultracongelada, para exportação.
O porco de raça Alentejana, também conhecido como porco alentejano, tem "um carácter mais sazonal" e os abates ocorrem nos meses de janeiro e fevereiro, quando os animais "alcançam a melhor condição após a fase de engorda com bolota", explicou.
A partir da carne desta raça suína, a empresa produz, sobretudo, presuntos e paletas com a Indicação Geográfica Protegida (IGP) Santana da Serra.
Atualmente, cerca de 95% da produção é comercializada nas "principais insígnias da distribuição moderna" em Portugal e os restantes 5% são exportados, sobretudo para Alemanha, França, Reino Unido, Angola, Brasil, China continental e os territórios chineses de Macau e Hong Kong.
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