CNPD preocupada com confidencialidade no sistema público de conciliação
A criação do sistema público de apoio à conciliação no sobreendividamento, previsto no Plano de Estabilização aprovado em junho, já teve parecer da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) que recomenda maior segurança na confidencialidade dos dados.
© Imagem gentilmente cedida pelo Ministério da Justiça
País Dados
O parecer, assinado na passada sexta-feira, resulta de um pedido do gabinete da ministra da justiça, Van Dunem, sobre um projeto de decreto-lei que estabelece a organização e funcionamento do sistema público de apoio à conciliação no sobreendividamento (SISPACSE), cria a figura do conciliador do SISPACSE e regula as regras de acesso e exercício da atividade de conciliação.
O novo sistema de resolução alternativa de litígios, de adesão voluntária, pretende que devedor e credores, com o apoio de um conciliador habilitado, contratualizem soluções para litígios provocados por mora (atraso no pagamento da dívida) e por incumprimento de obrigações pecuniárias (pagamentos em dinheiro).
A CNPD, no parecer, diz que dada a "sensibilidade" da informação que o devedor disponibiliza - que envolve, além da informação sobre dívidas, também as relações entre devedores e credores, assim como devedores e garantes - através do preenchimento obrigatório de um formulário, "importa que sejam adotadas medidas de segurança adequadas para assegurar a confidencialidade dos dados, nomeadamente a cifragem da informação armazenada em base de dados".
A CNPD conclui ainda a necessidade de serem definidos prazos máximos de conservação de dados pessoais que sejam objeto de tratamento ao abrigo daquele sistema de coinciliação.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com