Governo quer retomar obras do Túnel do Marão neste semestre
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, avançou hoje, em Bragança, que espera retomar "durante o primeiro semestre de 2014" as obras no Túnel do Marão paradas há mais de dois anos.
© Lusa
País Intenção
Os trabalhos da autoestrada do Marão, entre Vila Real e Amarante, que inclui o túnel, estão parados há quase dois devido a dificuldades financeiras do consórcio construtor, liderado pela Somague.
O primeiro-ministro lembrou hoje que já anunciou várias vezes a intenção do Governo "desbloquear este assunto", e avançou com um novo prazo para o reinício das obras, agora apontado até ao final do primeiro semestre, ou seja até junho.
"O Estado resgatou essa concessão e nós iremos retomar essas obras muito brevemente e espero que nos próximos meses essa questão fique desbloqueada", afirmou, em Bragança, à margem de uma sessão com militantes locais sobre a sua recandidatura a presidente do PSD.
Passos Coelho recordou que o Governo considerou "muito importantes" e que "era preciso prosseguir" com as infraestruturas em curso na região de Trás-os-Montes, de onde é natural, enquanto "bloqueou" ou "reconverteu" outras obras em curso no país, nomeadamente no âmbito das Parcerias Público Privadas Rodoviárias.
A concessão do Marão é a que falta construir para que seja possível viajar entre a fronteira, em Bragança, e o Litoral, no Porto, sempre em autoestrada.
"Eu espero que essa questão possa ficar desbloqueada muito em breve", reiterou o primeiro ministro.
Depois de dois anos de obra parada, em junho o Estado rescindiu o contrato de concessão do Túnel do Marão invocando justa causa fundada no incumprimento por parte da concessionária Autoestrada do Marão.
Entretanto a concessão da autoestrada passou para as mãos da EP - Estradas de Portugal.
Em agosto, o presidente da EP, António Ramalho, afirmou que seriam precisos mais dois anos e 150 milhões de euros para concluir a Autoestrada do Marão. Ou seja, segundo explicou na altura, para os trabalhos avançarem, será necessário abrir um novo concurso público internacional, o que demorará pelo menos um ano.
Depois, de acordo com o presidente da EP, serão ainda precisos mais "oito a nove meses para concluir a obra".
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