Oleiros está contra prospeção de depósitos minerais a céu aberto
A Câmara Municipal de Oleiros, no distrito de Castelo Branco, manifestou-se hoje contra a prospeção e pesquisa de depósitos minerais a céu aberto no concelho, nomeadamente lítio.
© Lusa
País Oleiros
O município de Oleiros explica que recebeu dois pedidos de parecer da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) sobre outros tantos projetos para exploração mineira.
"A DGEG pediu ao município de Oleiros a emissão de parecer quanto à atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos vários tipos de minerais, entre os quais chumbo, zinco, cobre e lítio", refere, em nota de imprensa, a Câmara local.
A autarquia salienta que se trata de pedidos relativos ao projeto da Raposa (que toca território da freguesia do Orvalho) e São Torcato (que abrange áreas de terreno das freguesias de Orvalho ao Estreito), num total de aproximadamente 70 quilómetros quadrados de área.
Após a receção dos dois pedidos, o executivo municipal reuniu extraordinariamente e deliberou, por unanimidade, emitir um parecer desfavorável contra a prospeção e pesquisa de depósitos minerais a céu aberto no concelho.
Já na segunda-feira, em reunião extraordinária, a Assembleia Municipal de Oleiros "emitiu um parecer desfavorável, por unanimidade, contra estas intenções de investimentos tal como a DGEG propõe".
"Entendemos que existe falta de informação na documentação enviada pela DGEG", salienta o vice-presidente da Câmara de Oleiros.
Miguel Marques realça que o município "não é contra o desenvolvimento e a criação de riqueza, desde que não coloquem em causa a saúde das populações e o potencial ambiental".
Segundo a informação disponibilizada, estes projetos compreendem ainda os concelhos vizinhos do Fundão, de Castelo Branco, da Pampilhosa da Serra e da Covilhã.
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