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Açores. Estrangeiros escondiam mais de uma tonelada de droga num veleiro

Duas pessoas, de nacionalidade estrangeira, foram detidas. Suspeita-se que integrem uma organização criminosa transnacional.

Notícias ao Minuto

18:06 - 08/08/22 por Notícias ao Minuto

País Estupefacientes

A Polícia Judiciária, com o apoio da Marinha e da Força Aérea, desenvolveu, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes e do Departamento de Investigação Criminal dos Açores, ao longo dos últimos dias, uma operação de combate ao tráfico de estupefacientes por via marítima.

Segundo o comunicado da Polícia Judiciária (PJ), no decurso, foi possível localizar e depois intercetar, em alto mar, na zona dos Açores, um "veleiro do tipo catamarã, que fazia a travessia do Atlântico e relativamente ao qual existiam fortes suspeitas de transportar grande quantidade de cocaína".

A embarcação em causa foi conduzida ao porto de Ponta Delgada onde foi sujeita a buscas, acabando por ser detetados, na sua estrutura, "vários compartimentos ocultos, no interior dos quais foram encontrados um total de 1.047 embalagens de cocaína, com um peso total aproximado de 1.150 kg", pode ler-se na nota.

Na sequência da apreensão da cocaína, procedeu-se à detenção, em flagrante delito, pela prática do crime de tráfico ilícito de estupefacientes, dos dois tripulantes, ambos estrangeiros, suspeitando-se fortemente que os mesmos integrem uma organização criminosa transnacional, que se dedica à introdução daquele tipo de droga no continente europeu.

"Para além da droga, procedeu-se também à apreensão da embarcação bem como de diversa documentação, equipamentos eletrónicos de navegação e outros objetos com interesse para a prova dos factos em investigação", revela ainda aquela força. 

Esta operação contou ainda com o apoio da Polícia Marítima e, a nível internacional, com o apoio das autoridades francesas, das autoridades holandesas e do Maritime Analysis and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), com sede em Lisboa. 

Os detidos, de 33 e 61 anos de idade, foram presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e "aplicação de medidas de coação, aguardando agora em prisão preventiva os ulteriores termos do processo".

A investigação prossegue em cooperação com as autoridades de outros países.

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