Com greve em marcha, queixas contra Ministério da Educação disparam 400%
Há encarregados de educação que explicam que não têm como gerir o seu dia a dia, dada a inexistência de aulas, acusando estas paralisações de os "impedir de realizar atividades profissionais". Há também que escreva que o número de dias úteis utilizados para as greves é um "exagero".
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País Portal da Queixa
O Portal da Queixa registou um aumento das reclamações contra o Ministério da Educação na ordem dos 400%, na primeira semana do ano, e em comparação com o período homólogo.
De acordo com os dados enviados ao Notícias ao Minuto, o número de queixas tem vindo a registar uma tendência crescente, com o portal e receber, em 2021, 332 reclamações e, no ano passado, 357 queixas.
Este aumento de queixas está relacionado com a atual situação que se vive no setor, com sucessivas greves e inexistência de aulas em algumas escolas, que tem deixado a vida dos encarregados de educação constrangida. Esta paralisação surge no momento em que o Executivo está também a negociar com os sindicatos, por forma a chegarem a um acordo não só relativamente ao aumento dos salários, como outras questões, como, por exemplo, relacionadas com as deslocações.
Segundo a análise feita, 53% "aponta a greve dos professores e o impasse gerado com a tutela como a causa do problema exposto na plataforma e 34% das queixas refere-se à falta de professores para lecionar", lê-se na nota enviada.
E o que dizem as queixas?
“As constantes greves decorrentes da insatisfação dos Professores e Auxiliares Educacionais estão a afetar gravemente a nossa família e outras tantas, impedindo-nos de realizar as nossas atividades profissionais e prejudicando a formação das crianças", refere Juliana Antunes, uma das pessoas que apresentou queixa. Mas não é a única a queixar-se da falta de 'gestão' do dia-a-dia, perante estas paralisações, havendo também quem as considere "um exagero".
“Informo que já considero um exagero a quantidade de dias úteis utilizados para as greves que temos assistido no âmbito da educação. Tenho uma filha num JI (Almada, Setúbal) e onde as constantes greves realizadas já começam a roçar o exagero a tremenda dificuldade em gerir o dia a dia profissional dos pais", escreve Rui Louro.
Também os serviços mínimos decretados pelo Governo foram tema de queixa, com Paulo Ferreira a notar: “Face ao exposto serve o presente para informar a V.Ex.ª que Agrupamento de Escolas de Viela não tem cumprido os serviços mínimos obrigatórios decretado na alínea f) do nº 2 do Artigo 357º do Código do Trabalho, podendo desta forma comprometer o socorro e assistência a pessoas e bens".
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