"É o maior investimento da história da Misericórdia de Melgaço. Além da necessidade de aumentar as respostas à população, queremos acautelar a sustentabilidade da instituição", afirmou Jorge Ribeiro.

Em declarações à agência Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, referiu que o investimento de mais de cinco milhões de euros inclui "as duas empreitadas, os projetos, os equipamentos e mobiliário para apetrechar os dois lares".

Com a remodelação e ampliação do lar Pereira de Sousa e do Cantinho dos Avós, a instituição irá criar "mais 10 postos de trabalho".

Atualmente, em todos os serviços de apoio à terceira idade e infância, a Misericórdia tem 120 funcionários, o que a transforma "no maior empregador" de Melgaço.

O lar Pereira de Sousa "foi inaugurado há mais de 30 anos e desde então não sofreu obras de requalificação".

A partir de setembro, o edifício vai ser "totalmente requalificado, num investimento superior a 3,5 milhões de euros, financiado pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais 3.ª Geração (PARES 3.0), da Segurança Social".

Com a empreitada de ampliação e remodelação, a ERPI - Lar Pereira de Sousa "vai ver a sua capacidade aumentada em mais 32 camas".

Atualmente, "dispõe de 55 e, após a intervenção, com um prazo de execução de dois anos, passará a dispor de um total de 87 camas".

A Misericórdia "candidatou ainda ao PARES 3.0 a ampliação da ERPI - O Cantinho dos Avós, obra que já foi adjudicada e está prestes a arrancar". A "intervenção tem um prazo de execução de 18 meses".

Nesta resposta, "a Misericórdia vai investir mais de 700 mil euros na ampliação das instalações, passando de 30 para 50 camas".

"Estamos lotados, permanentemente. (...) Também estamos a colaborar com o Estado no programa das altas sociais, destinado a idosos que, quando têm alta hospitalar, não têm quem os acolha. Há uma necessidade muito grande nesta área", afirmou Jorge Ribeiro.

No apoio à infância, a Santa Casa "dispõe de creche, a única no concelho, com 41 vagas, o infantário e Atividades de Tempo Livre (ATL), também único no concelho".

"Há seis anos, tínhamos dificuldade em manter as respostas com uma lotação que permitisse manter todas salas abertas e o número de funcionários. Agora, verifica-se o contrário. Temos uma lista de espera de 35 crianças", explicou o provedor.

Jorge Ribeiro justificou o aumento de procura com "a gratuitidade das creches e a chegada ao concelho de famílias de imigrantes, principalmente oriundas do Brasil".

A "creche vai ser alvo, a partir de setembro, de obras de ampliação que vão duplicar o número de vagas, de 41 para 83".

O prazo de execução da empreitada é de quatro meses, o investimento ronda os 200 mil euros, e é financiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

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