Estudantes brasileiros dispensam visto CPLP por não poderem viajar na UE
Muitos estudantes universitários brasileiros continuam a chegar a Portugal com visto de turista, porque o visto CPLP, que é menos burocrático, não permite que o seu portador viaje para outros países europeus, segundo uma dirigente associativa.
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País Vistos
Patrícia de Marchi, presidente da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra, disse à agência Lusa que os vistos CPLP "ajudaram quem aguardava a manifestação de interesse a obter autorização de residência".
A 13 de março, cerca de 150 mil imigrantes dos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Portugal, com processos pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), puderem obter uma autorização de residência de forma automática através da internet.
Neste processo, adiantou Patricia de Marchi, os vistos CPLP ajudaram na legalização destes imigrantes.
Mas estes vistos "não trouxeram grandes alterações para os estudantes brasileiros", indicou, referindo que muitos optam por entrar em Portugal como turistas e solicitar a autorização de residência já em Portugal.
"O visto da CPLP não dá direito à nacionalidade nem livre-trânsito para a comunidade europeia", adiantou.
Ainda antes dos vistos CPLP, os brasileiros não precisavam de visto para entrar em Portugal como turistas, para negócios e missões culturais, podendo permanecer por um período de 90 dias, ao contrário dos nacionais de outros países da CPLP.
A esses era exigido visto, para o qual precisavam de apresentar e deter um conjunto de condições, que agora não são mais necessárias, como um seguro de viagem válido, um comprovativo de meios de subsistência, de uma cópia do título de transporte de regresso e da apresentação presencial para realizar o pedido de visto.
O visto CPLP e a eliminação destas exigências levou a que muitos estudantes universitários destes países estejam este ano a chegar mais cedo a Portugal e em maior número.
A CPLP é constituída por nove Estados-Membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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