Amadora-Sintra abre "inquérito" a caso de grávida que perdeu gémeas
Duas bebés gémeas morreram, às 27 semanas de gestação, no dia de Natal, tendo ficado dois dias no ventre da mãe, que está a receber "apoio psicológico" na sequência do luto gestacional das filhas.
© Global Imagens
País Morte
O Hospital Amadora-Sintra confirmou, esta segunda-feira, a "abertura de um inquérito para averiguação de factos" na sequência da morte de duas gémeas, com 27 semanas de gestação, no dia de Natal, que acabaram por ficar dois dias no ventre da gestante.
"O Conselho de Administração deliberou hoje abertura de inquérito para averiguação de factos, apesar de a utente não ter apresentado qualquer queixa ou reclamação formal", esclarece fonte do Hospital Professor Fernando Fonseca em resposta a um pedido de esclarecimento do Notícias ao Minuto.
Além disso, "foi dado conhecimento dessa deliberação à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS)".
A instituição hospitalar acrescentou ainda que a utente está a ser acompanhada "em sede de apoio psicológico" na sequência do luto gestacional que enfrenta.
Sublinhe-se que a CNN Portugal revelou esta segunda-feira que a grávida, de 32 anos, deu entrada no referido hospital no dia 25 de dezembro e, após a realização de uma ecografia neonatal, descobriu que os fetos das duas filhas gémeas não tinham batimentos cardíacos.
Dias antes, os médicos tinham detetado que as bebés tinham restrições de crescimento.
O hospital garante que a gestante e os fetos "receberam cuidados de saúde diferenciados e humanizados" durante o internamento na unidade.
No que diz respeito ao facto das bebés terem permanecido dois dias dentro do ventre da mãe, a unidade hospitalar esclarece que "nos casos de morte fetal é realizada a expulsão por parto vaginal, sendo necessária realização de medicação prévia", podendo "o parto ocorrer até três dias" após a administração da medicação.
"Durante todo este processo, foi dada toda a assistência e informação à grávida pela equipa de enfermagem e médica e permitida a presença de acompanhante. A grávida não fez qualquer um dos partos sem acompanhamento e vigilância de profissionais de saúde", salienta o esclarecimento.
O primeiro parto ocorreu "num bloco", enquanto o segundo "foi realizado no quarto", uma prática que é "aconselhada para fetos sem vida", por equipas de profissionais de saúde.
"A equipa multidisciplinar de profissionais de saúde continua a acompanhar e prestar cuidados e esclarecimentos à utente com diligência, dedicação e profissionalismo", conclui o comunicado do hospital.
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