Governo reconhece necessidade de requalificar IC8 e prepara estudo
A ministra da Juventude e da Modernização reconheceu hoje, em Pedrógão Grande, a necessidade de requalificar o Itinerário Complementar (IC) 8 entre Pombal e Vila Velha do Ródão, indo de encontro à pretensão dos autarcas daquela região.
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País Pedrógão Grande
Pedrógão Grande, Leiria, 17 jun 2024 (Lusa) -- A ministra da Juventude e da Modernização reconheceu hoje, em Pedrógão Grande, a necessidade de requalificar o Itinerário Complementar (IC) 8 entre Pombal e Vila Velha do Ródão, indo de encontro à pretensão dos autarcas daquela região.
"Está neste momento em curso um estudo que estará finalizado em setembro deste ano, dentro de dois meses, sobre as necessidades de requalificação do troço entre Pombal e Vila Velha do Ródão", anunciou Margarida Balseiro Lopes.
A governante falava aos jornalistas no final da reunião de trabalho entre o Governo e as autarquias mais afetadas pelos trágicos incêndios de 17 de junho de 2017, há precisamente sete anos, que decorreu esta tarde nos Paços do Concelho de Pedrógão Grande, distrito de Leiria.
A sessão reuniu também a ministra da Administração Interna, vários secretários de Estado, os presidentes dos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, que foram os mais afetados pelos incêndios de junho de 2017, e o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL).
A ministra da Juventude e da Modernização adiantou ainda que foi sugerido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria que pudesse ser criado um grupo de trabalho para acompanhar os resultados e as conclusões.
Margarida Balseiro Lopes e a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, deslocaram-se depois ao Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017, no concelho de Figueiró dos Vinhos, onde depositaram uma coroa de flores.
No local, a governante ouviu a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, Dina Duarte, reivindicar apoio para a reconstrução das casas de segunda habitação naqueles territórios.
"Para nós, as segundas habitações são importantes", sublinhou a dirigente, criticando o facto do Fundo Revita, criado para apoiar populações afetadas pelos incêndios, "ter ficado cristalizado no tempo".
Uma situação que poderá ser alterada dentro em breve, após o anúncio efetuado hoje pela ministra da Juventude e da Modernização de que o Fundo Revita vai ser exclusivamente afeto aos concelhos atingidos por estes fogos.
"Aquilo que nós podemos dizer à data de hoje é que vamos, no Orçamento do Estado para 2025, retirar este fundo da unidade de tesouraria, permitindo que o fundo seja exclusivamente destinado a este território, a estas populações, e esta decisão resulta da necessidade de nós investirmos, de facto, em projetos neste território", afirmou Margarida Balseiro Lopes, em Pedrógão Grande.
O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017 em Pedrógão Grande e alastrou a concelhos vizinhos provocou 66 mortos e mais de 250 feridos, sete dos quais graves, destruiu meio milhar de casas e 50 empresas.
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