Estúdio açoriano mostra 70 anos de fotos arquivadas. "Conhece alguém?"
Há utilizadores a reconhecerem avós, pais, primos e padrinhos. Alguns perderam os álbuns no violento sismo de 80, outros nunca as puderam comprar. Agora, têm essa oportunidade novamente.
© Foto Íris
País Fotografia
Um estúdio fotográfico da ilha Terceira, nos Açores, que celebrou 70 anos de existência no dia 15 de janeiro, decidiu digitalizar todos os negativos que tinha das últimas sete décadas para dar oportunidade aos protagonistas das fotografias e familiares não só de recordarem estes momentos, como de adquirirem as imagens.
Desta forma, a Foto Íris, fundada por Armando e Anaísa Costa e agora gerida pelos filhos e noras, consegue não só "rentabilizar" o arquivo, como dar resposta aos pedidos que ao longo dos anos foram surgindo de pessoas que queriam recuperar algumas das suas memórias.
"Ainda recentemente apareceu aqui um estrangeiro que queria recuperar fotos do avô que trabalhou na Base das Lajes, na altura que os americanos estavam cá. Não conseguimos encontrar, porque são milhares de negativos, mas não lhe tiramos a esperança. Ele agora está atento às nossas redes sociais”, revelou ao Notícias ao Minuto, Isabel Costa, uma das noras de Armando e Anaísa Costa.
E é nessas mesmas redes sociais que a Foto Íris tem espalhado felicidade junto dos seus seguidores, com a partilha de imagens de eventos e de fotos de estúdio com décadas.
"Começamos em 74 por acaso, mas temos um arquivo que vai desde 57", explica Isabel, acrescentando que, em breve, também a Foto Íris vai lançar um site, "em princípio na próxima semana", onde vão constar todas as fotos e as pessoas poderão adquirir as mesmas sem terem de se deslocar "à loja".
De 'Bodos de Leite' (ritual açoriano), a reuniões de escuteiros, passando pelas tradicionais touradas e pelas fotos de estúdios, muitos são os que têm identificado os avós, pais, tios, primos e até a si próprios nas imagens.
"Que lindas recordações. Aí está o meu marido vestido com roupa militar. Também está a minha irmã. Adorei! Não se esqueçam de publicar mais", escreveu uma das várias utilizadoras que se mostra deliciada com o 'presente'.
"Antigamente não havia poder de compra, nem todas as pessoas podiam comprar as fotos em que apareciam. Assim, se quiserem, já o podem fazer", lembrou a terceirense.
Há ainda fotos de casamento, que apesar de não estarem a ser partilhadas por uma questão de proteção de dados, podem ser adquiridas. "Há muitas pessoas que perderam os álbuns dos seus casamentos no sismo de 80 e agora vêm ter connosco para os recuperar", conta ainda Isabel.
Para já, no Facebook e o Instagram, são dezenas os internautas que percorrem as imagens numa espécie de jogo do encontra na esperança de encontrar uma cara conhecida. E muitos são os que já encontraram.
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