Jovem morto em Carcavelos era "bom moço": "Isto nunca aconteceu aqui"
O empresário, que ficará a cargo das despesas de trasladação de Kildery Eduardo, assegurou que o crime "foi muito imprevisível" e que nada semelhante alguma vez tinha acontecido no local.
© Instagram/ kesilley_cristina
País Carcavelos
O jovem de 21 anos que foi assassinado depois de ter defendido duas mulheres que estavam a ser importunadas no restaurante onde trabalhava, em Carcavelos, era "um rapaz alegre, sempre disponível, um bom moço", segundo o dono do estabelecimento, Afonso Crisóstomos. O empresário, que ficará a cargo das despesas de trasladação de Kildery Eduardo, assegurou que o crime "foi muito imprevisível" e que nada semelhante alguma vez tinha acontecido no local.
"Era um rapaz alegre, sempre disponível, um bom moço. Foi lamentável o que aconteceu. Poderiam ter resolvido o problema de outra forma, mas usar uma faca? Foi muito imprevisível. Os meus funcionários correram para tentar ajudar, os serviços de emergência tentaram reanimá-lo, mas infelizmente não conseguiram", recordou Afonso Crisóstomos, em declarações ao G1.
O assassinato ocorreu quando o dono do restaurante já estava em casa. Há mais de 20 anos que o empresário detém aquele negócio e, garantiu, "nunca" nada semelhante tinha acontecido ali.
"Isto nunca aconteceu aqui antes. É uma praia pacata, tranquila. Os jovens vêm aqui para se divertir e surfar. Até escolas e creches passeiam com as crianças por aqui. Em todos anos que tenho o restaurante, nada parecido ocorreu", disse.
O homem detalhou que as circunstâncias do assassinato fizeram com que todos os funcionários se mobilizassem para ajudar a família.
A irmã do jovem, Kesilley Silva, também trabalhava no restaurante, mas deixou o emprego para acompanhar a trasladação e o funeral do irmão, que acontecerá no Vale do Mucuri, em Minas Gerais.
Além de ter garantido emprego para Kesilley Silva, Crisóstomos decidiu assumir os custos da translação.
"Não podia trazer o filho de volta; sou humano, não sou Deus. Mas poderia tentar amenizar a dor desta mãe pagando para mandar o corpo para a família no Brasil. Não era minha obrigação, mas senti que deveria ajudar em gratidão não só a ele, mas ao povo brasileiro que vem viver em Portugal, que ajuda a preencher as vagas de emprego aqui", sustentou.
Recorde-se que Kildery Eduardo foi mortalmente esfaqueado no parque de estabelecimento do restaurante, enquanto aguardava por um Uber, na noite do dia 23 de julho.
"Havia um grupo de rapazes a assediar duas mulheres. Ele pediu para pararem e eles pararam. Entretanto, ligou-me a pedir para lhe chamar um Uber e estava no estacionamento à espera. Parece que os rapazes voltaram a importunar as meninas e ele pediu para pararem de novo e eles perguntaram-lhe se ele queria ser agredido e deram-lhe uma facada", relatou a jovem ao g1.
O suspeito, que fugiu do local, acabou por se apresentar perante as autoridades horas mais tarde, tendo ficado sujeito a prisão preventiva.
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