ACP acusa PS de "atentado à segurança" na proposta sobre motociclistas
O Automóvel Club de Portugal (ACP) acusou hoje o PS de promover um "atentado à segurança" dos motociclistas com o projeto de lei apresentado, considerando que a proposta revela desconhecimento dos deputados socialistas.
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País ACP
Em causa um projeto de lei que visa "regulamentar a circulação de motociclistas entre filas de veículos, em situações de grande intensidade de trânsito, sob condições rigorosas de segurança, como limites de velocidade, manutenção de distâncias laterais adequadas e proibição de ultrapassagens pela direita, salvo em situações específicas".
"O Automóvel Club de Portugal considera um autêntico atentado à (pouca) segurança rodoviária nacional uma proposta de lei do Partido Socialista que deu entrada na Assembleia da República que alegadamente pretende aumentar a segurança dos motociclistas", pode ler-se num comunicado enviado às redações.
O ACP diz desconhecer "qualquer estudo que consubstancie a proposta" do PS e manifestou "espanto e indignação", referindo "uma enorme perplexidade face ao desconhecimento que a mesma revela".
"Questiona, assim, o ACP se o PS, quando se discutem ainda os limites de velocidade nas zonas 30 e 20, pretende que, entre as filas de trânsito, os motociclistas circulem no máximo a 30km/hora? Ou se tem conhecimento que na maioria das vias não existe qualquer espaço de segurança para essas manobras? Interroga-se, também, sobre qual é a definição de situação de muito trânsito para o Partido Socialista: duas filas de 10 carros? 20 filas de 50 carros?", pergunta, ponderando "se os deputados que subscreveram esta proposta estão de facto a pensar no que escreveram".
O ACP desafia assim os 78 deputados socialistas a escolherem "uma via em que 39 deputados circulam de carro e os outros 39 de moto", testando, na prática, aquilo a que se propõe.
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