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Há 18 casos de cancro no serviço, funcionários assustados

O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira admitiu esta semana a possibilidade de transferência dos 41 trabalhadores Segurança Social do concelho para novas instalações, face às queixas sobre a qualidade do ar no atual edifício.

Há 18 casos de cancro no serviço, funcionários assustados
Notícias ao Minuto

08:21 - 28/02/16 por Lusa

País Vila Franca

Os trabalhadores do Serviço Local de Vila Franca de Xira da Segurança Social (SLVFXSS) ameaçam realizar uma greve por tempo indeterminado, a partir de terça-feira, queixando-se das condições do edifício, às quais associam a existência de casos oncológicos diagnosticados em 18 dos 41 funcionários daquele serviço.

A ação de protesto foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (STFPS), que exige que as instalações sejam encerradas e que os trabalhadores sejam transferidos para outras.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), disse que a autarquia está preocupada e que se encontra a negociar com o Instituto da Segurança Social uma nova localização para estes serviços.

"Não vou dizer que há uma causa-efeito entre as condições do edifício e a incidência de casos de doenças oncológicas. O Instituto Ricardo Jorge está a trabalhar nas instalações para averiguar. De qualquer forma, estamos em contacto com a Segurança Social para saber se há uma solução para transferir as pessoas", referiu o autarca.

Nesse sentido, Alberto Mesquita defendeu que mesmo que se chegue à conclusão de que as condições do edifício nada têm a ver com os casos de doença oncológica, os trabalhadores deverão ser transferidos para outras instalações.

"A questão psicológica é essencial. Queremos encontrar uma solução para conforto, para que as pessoas estejam tranquilas no seu dia-a-dia", argumentou.

Numa resposta escrita enviada à agência Lusa, fonte do Instituto da Segurança Social, referiu que, a partir do momento que tomou conhecimento das apreensões dos trabalhadores, levou a cabo um conjunto de ações nas instalações, nomeadamente a "análise à qualidade do ar e um pedido de intervenção do Instituto Ricardo Jorge".

A mesma fonte acrescentou que se chegou à conclusão de que é necessário "rever o sistema de climatização, incluindo a sua higienização e a sua reativação, para garantir os níveis adequados de qualidade do ar interior".

A Segurança Social adiantou, ainda, que se verificou "um elevado excesso acumulado de papel arquivado, não só em corredores de circulação, mas também em zonas de acesso e também em locais de trabalho".

Por seu turno, em declarações à Lusa, o sindicalista Alcides Teles, do STFPS, disse que a paralisação prevista vai ocorrer até que seja deliberado o encerramento daquelas instalações.

"Estas instalações já tiveram encerradas entre 1998 e 2002 por problemas semelhantes e nem as obras que ali foram realizadas conseguiram resolver a situação. A única solução é encerrar", defendeu.

Alcides Teles referiu que esta situação já foi transmitida à Procuradoria-Geral da República e aos grupos parlamentares.

O sindicalista disse, ainda, que caso esta situação de Vila Franca de Xira não fique resolvida, poderá ocorrer na segunda semana de março um dia de greve de todos os trabalhadores do Centro Distrital de Lisboa da Segurança Social.

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