Por muito que Donald Trump o negue, as alterações climáticas são uma realidade e podem seriamente comprometer o futuro do único planeta que até agora sabermos ser habitável. Por sinal, hoje celebra-se a Hora do Planeta, uma iniciativa que se irá estender por todo o globo. Trata-se de um simples desafio: durante uma hora, desligar todas as luzes e acender antes velas, ao mesmo tempo que refletimos e tentamos lançar um mote para um estilo de vida mais sustentável.

Nesse mesmo sentido, a WWF, uma ONG de cariz ambiental, vai promover, durante a noite (entre as 20h00 e 22h00) de hoje, um conjunto concertos solidários à luz das velas no coração lisboeta. Se se identifica com a causa e procura companhia, considere uma visita ao Parque Eduardo VII. Lá estarão, entre outros músicos, Raquel Tavares, Tiago Bettencourt e Samuel Úria.

Outro dos presentes será André Sardet que, além de não ser “um estreante nesta iniciativa”, é um pioneiro na matéria, tendo ele sido o autor da “primeira tournée ecológica que se fez em Portugal “. Ao Notícias ao Minuto, o cantor revelou que o seu “clique ambiental” nasceu quando, em 2001, na casa do avô, o encontrou a reciclar jornais.

“Ele já não tinha muitos anos neste planeta mas quis deixar aos filhos e aos netos um planeta sustentável. Foi ele quem acabou por despertar a minha consciência”. A partir daí, “fui adquirindo hábitos e mudando outros”, começando pela reciclagem e, posteriormente, por alterações mais profundas que lhe permitiram passar a poupar mais água e energia.

“Quando fiz a minha casa, escolhi lâmpadas todas elas de led. Escolhi um sistema informático que só me liga as luzes nos corredores de passagem se tiver um determinado índice de luminosidade e não me rega o jardim se tiver chovido há dois dias ou só rega se não chover num espaço de dois dias. Quanto à água, escolhi torneiras com menor caudal e pus uma peça nas torneiras que dá a sensação de que deita muita água mas que, de facto, não deita assim tanta. Outra coisa que fiz foi fechar as torneiras de segurança – aquelas que estão por trás ou por baixo dos lava louça – e reduzi-lhes o caudal", exemplifica.

Em nome da WWF, Marta Barata adianta que além dos concertos, haverá bancadas de street food, tal como várias iniciativas de sensibilização e alerta para o tema das alterações climáticas. Lá estará, por exemplo, “a melhor vela do mundo (feita através de óleos reciclados), com que vamos acender as outras velas sustentáveis que vão iluminar o recinto”.

Por isso, Marta deixa o apelo: “É muito importante que venham. É um momento mágico e muito bonito de juntar as pessoas por uma causa ambiental. Tem um simbolismo muito especial. A quem não puder estar connosco, onde quer que esteja, pode sempre fazer um ato simbólico e apagar a luz por uma hora – entre as 20h30 e as 21h30 – durante o dia de hoje".