Motociclistas preferem formação a inspeções para evitar acidentes
Prevenção e formação em vez de inspeções obrigatórias para as motas são as prioridades que a Federação Portuguesa de Motociclismo (FMP) defendeu hoje junto do Governo, no que conta também com os representantes do comércio de veículos.
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País Sinistros
O presidente da direção da FMP, Manuel Marinheiro, disse aos jornalistas, à saída de um encontro com o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, que não concorda com inspeções periódicas obrigatórias para motas porque "não são uma mais valia relevante na prevenção da sinistralidade".
"Da forma como está a ser apresentado e imposto, não concordamos. Nem sabemos o que vai ser inspecionado", afirmou, indicando que é preciso salvaguardar categorias específicas como as modalidades desportivas e as motos históricas.
Antes de admitirem as inspeções, querem "os estudos e conclusões necessárias", as mesmas que a Comissão Europeia pretende concluir até 2019 antes do prazo para adotar essas inspeções como regra, em 2022.
"O fator decisivo para a maior parte dos acidentes é o humano", destacou Manuel Marinheiro, defendendo "a sensibilização, prevenção e formação de todos os utilizadores das vias públicas, não só os motociclistas, mas também os automobilistas e peões.
O secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal, Helder Pedro, disse aos jornalistas que admitem discutir todas as hipóteses em cima da mesa para tentar reduzir a sinistralidade e disponibilizam-se para participar em campanhas de prevenção rodoviária.
Em janeiro, o ministro da Administração Interna anunciou que as inspeções periódicas a motociclos vão avançar no primeiro semestre de 2018, justificando esta medida com o aumento do número de acidentes mortais com motociclos em 2017.
Este fim de semana, milhares de motociclistas concentraram-se em diversas cidades do país para protestar contra esta intenção, considerando-a injusta e movida por interesses económicos.
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